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Entrevista com o competidor sergipano Robson Fraga

O tempo voa na comunidade sergipana surf. Parece que foi ontem que a galera local do Sombreiro Surf viu o jovem surfista Robson Fraga chegar na praia da Atalaia com sua primeira prancha debaixo do braço, demonstrar o seu talento dentro d´água e ser considerado naquele momento, de forma unânime, como uma futura promessa esportiva.

Nos últimos anos, o nome do surfista profissional Robson Fraga está em evidência entre os demais competidores, seja a nível local, regional e nacional. Não é somente pelo seu carisma ou pela sua humildade, mas em especial pelo seu talento competitivo, lapidado nas ondas do menor Estado da confederação brasileira, que não tem tradição na formação de grandes campeões profissionais.

O currículo de títulos do melhor competidor sergipano, na atualidade, é extenso: Tricampeão Brasileiro Amador, Bicampeão Nordestino, 11títulos em águas baianas, Eneacampeão Sergipano e Exacampeão Alagoano.

Robson Fraga em 2017 atingiu o melhor desempenho como profissional em toda a sua carreira: top 3 do Circuito Brasileiro Profissional de Longboard, Campeão Brasileiro Master de Surf, campeão do Circuito Baiano de Longboard Profissional invicto, e campeão do Circuito Sergipano de Surf em duas categorias (Longboard e Master).

Devido a soma de grandes resultados a nível nacional, o Sombreiro Surf Notícias realiza mais uma entrevista com o super campeão Robson Fraga.

SS – Comente a sua temporada competitiva e os resultados em 2017?

Robson Fraga – Em 2017 participei dos circuitos Brasileiro, Baiano, Sergipano e uma etapa do circuito Paraibano. No circuito Brasileiro, que aconteceu em setembro na praia de Maracaípe/PE, eu participei na categoria Profissional e Long Master. Na Profissional, fiquei com a 3° colocação (melhorando minha posição do ano passado 5° lugar) e na categoria Long Master, me consagrei campeão (sendo meu 3° título Brasileiro Amador).

SS – No último ano você fez algumas viagens internacionais e nacionais para treinar o seu surf profissional. Faça uma análise das ondas que você surfou fora do país e como elas contribuíram para os resultados.

RF – Viajei para Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, João Pessoa e uma viagem de sonho: Indonésia. Desde que comecei a vê filmes de surf, tinha a vontade de surfar aquelas ondas. Ondas perfeitas, mas com suas dificuldades (crowd intenso, bancada rasa de coral e tamanho elevado). Mas pude vê de perto e conseguir surfa algumas delas, que foi a realização de sonho. Elas me contribuíram para tentar passar alguns dos meus limites, e tentar melhorar meu posicionamento dentro do mar e dentro das ondas..

SS – Como estão sendo os seus treinos e quais são equipamentos para a temporada 2018?

RF – 2018 começou intenso em relação ao trabalho. No feriado prolongado de carnaval pude começar minha preparação. Minhas pranchas são do shape do Rio grande do Sul, o Daniel Kolling.  As pranchas para temporada 2018 são dois “longs” para o início de ano. Venho trabalhando com Kolling desde 2016 e as pranchas estão cada vez melhores, verdadeiros foguetes.

SS – Quais competições você planeja disputar neste ano?

RF – Meu foco principal é o brasileiro profissional, mas vou participar de circuitos regionais pelo Nordeste para treinar e me preparar. Estou com planos para voltar a disputar o Mundial WSL LQS, onde comecei a participar em 2008 e parei em 2014.

SS –  Quais são os seus patrocinadores e apoiadores nesta temporada?

RF – Plamed Saúde, Academia F5 Fitness, Pranchas Kolling Surfboards, Óculos Spy Wear, Roupas Pinaloca Surf Wear, Acessórios Perfectfins e Restaurante Cantina Oriental.

SS – Qual é a sensação de subir no lugar mais alto do pódio e representar profissionalmente o menor Estado da confederação nas competições?

RF – A vitória é a melhor sensação de um atleta, saber que toda sua preparação, dedicação e esforços foram recompensados. A surpresa fica sempre pelos outros estados em saber que sou de Sergipe (um Estado sem tradição no esporte no litoral brasileiro), mas sempre que entro numa competição, me dedico bastante para chegar entre os primeiros.

SS –Como você avalia o atual momento do surf local e o que é necessário para Sergipe revelar novos talentos competitivos?

RF– Nosso Estado está parado no tempo em relação ao surf competitivo e a revelação de novos atletas. Mas não estamos diferentes de outros Estados do Nordeste. A meta é dedicar atenção às categorias de base para formar novos atletas e cidadãos de bens.

Fotos: Facebook/Robson Fraga / Surfando: @fotograju

Publicada: 05/06/2018

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