Federação Sergipana de Surf realiza reunião
Aracaju (SE), 22 de fevereiro de 2019.
O presidente da FSS – Federação Sergipana de Surf, Fred Costa, reuniu atletas de diversas categorias, comissão organizadora de campeonatos, comissão técnica, empresários e imprensa com o objetivo de apresentar as inovações no Circuito Sergipano de Surf 2019, no Auditório do Tribunal de Justiça Desportiva de Sergipe Dr. Deocleciano Ramos (TJD-SE), no Complexo Desportivo Lourival Baptista, bairro São José, na noite do último dia 22.
O Sombreiro Surf esteve presente, acompanhando atentamente a apresentação da FSS e o debate gerado entre os participantes. Veja abaixo alguns pontos de maior relevância que foram contextualizados no auditório do TJD-SE.
Organização de Campeonato
De acordo com o presidente da maior entidade do esporte em Sergipe, a Federação Sergipana de Surf não organiza eventos, ela apenas chancela as etapas organizadas por terceiros, assim como, surfistas locais, empresários, associações, entre outros. A obrigação da FSS é orientar os organizadores na realização do evento, a exemplo, da comissão técnica e aplicação do regulamento à competição.
A primeira etapa chancelada pela entidade máxima será da praia da Caueira, em Itaporanga D´ajuda/SE, o Campeonato da Caueira de Surf, no próximo dia 24, sendo organizada pelos surfistas locais através da associação de moradores.
“As comunidades surf de Itaporanga D´Ajuda e da Barra dos Coqueiros, procuraram a Federação Sergipana de Surf para chancelar os eventos. O objetivo é ampliar o surf por meio das associações”, afirmou Fred Costa.
De acordo com o empresário Thiago Cunha, o próximo evento da praia da Caueira homologado pela Federação Sergipana de Surf, será um embrião para analisar como poderão ser definidas as categorias, sejam elas Locais, Free Surf, Open, ProAm, etc..
Fred Costa apontou que o Circuito Sergipano de Surf 2018 foi organizado por uma empresa privada, em parceria com as marcas surf wear local e nacional, e demais apoios empresariais de grandes marcas. As quatro etapas que foram realizadas na Praia da Cinelândia, em Aracaju/SE, foram homologadas pela Federação Sergipana de Surf por isso, a responsabilidade é do organizador.
Circuito Itinerante
Fred Costa sinalizou que as etapas serão distribuídas nas cidades litorâneas com maior relevância, na prática esportiva. “Para ser circuito sergipano têm que ter campeonatos em todas as praias de Sergipe e não exclusivamente em Aracaju”, afirmou o presidente.
Limitação de Vagas
De acordo com a apresentação do presidente, o número de vagas nas categorias será limitado no Circuito Sergipano de Surf 2019. Para os membros que compõem o organograma da Federação Sergipana de Surf, e atualmente homologam os eventos, não existem as condições de realizar etapas com três dias de competição. Os eventos poderão acontecer em um ou dois dias no máximo. Fred Costa alegou que as condições financeiras e questões de ordem da natureza, isto é, ondulações, são os maiores entraves para ampliar os dias de competições.
Pontuação
A Federação Sergipana de Surf ao homologar um evento classificará em níveis de estrelas. Dependendo do porte do evento, ele poderá ser “nível uma estrela”, distribuindo 1000 pontos, “nível duas estrelas”, distribuindo 2000 pontos e “nível três estrelas”, distribuindo 3000 pontos para o Ranking Sergipano de Surf 2019.
Premiação
A categoria principal do evento, Pro/AM, será a única a receber premiação em dinheiro. Os quatro finalistas (de primeiro a quarto lugar) receberão respectivamente: R$ 1.000,00, R$ 700,00, R$ 500,00 e R$ 300,00. Para as demais categorias serão distribuídos pranchas, blocos, troféus e kit.
Limitação de Idade
“No ano vigente o atleta não poderá ultrapassar a idade da categoria”, afirmou o árbitro de surf, Deka. Como exemplo, o competidor da categoria Sub 10 não poderá completar 11 anos no ano vigente do circuito de surf, caso aconteça será desclassificado do circuito.
Arbitragem
O Portal Sombreiro Surf questionou o presidente Fred Costa no tocante ao árbitro de surf julgar um atleta parente na bateria. Existiu um nível elevado de reclamação por parte dos competidores no Circuito Sergipano de Surf 2018 nesse quesito. “Será realizado rodízio de árbitros durante a etapa e em todo o circuito 2019. O árbitro não poderá julgar baterias com familiares de 1º ou 2º grau de parentesco. Valorizaremos os árbitros que participaram dos cursos de arbitragem promovidos pela Federação Sergipana de Surf e os árbitros qualificados”, afirma Fred Costa.
Engajamento
O presidente da FSS sinalizou que a entidade pública está de portas abertas para as pessoas que queiram a ajudar nas ações. “A federação necessita de pessoas com interesse em desenvolver o surf e as competições em Sergipe. Atualmente existe uma sobrecarga para o presidente”, sinalizou Fred Costa.
Atletas X Julgamento
Para o empresário Thiago Cunha, existe a necessidade dos atletas se reunirem com a comissão de arbitragem da FSS para debater os critérios de julgamento com mais frequência. Não cabe o atleta achar que fez uma boa pontuação na bateria que lhe garanta a vitória, e sim os árbitros julgarem.
Punição
O critério de punição será colocado em prática com mais efetividade neste ano, seja advertindo ou punindo o atleta desobediente. “Tem que ter respeito acima de tudo. Os atletas têm que saber as regras, caso contrário sofrerão sanções de acordo com o livro de regras. A FSS apresentará o livro de regras para os atletas”, comentou de forma enfática o presidente da Federação Sergipana de Surf.
Atletas Federados
A FSS passará a federar os atletas do Circuito Sergipano de Surf 2019. Cada empresa privada, ou grupo de surfistas organizadores de evento, ou empresas do terceiro setor ao realizar uma etapa homologada pela entidade máxima do esporte em Sergipe, os organizadores serão responsáveis pelo campeonato e deverão entregar a ficha de cadastro de cada atleta e o repasse financeiro de cada atleta à federação. O objetivo é estruturar a FSS, seja arcando com custos de viagens da Equipe Sergipana de Surf 2019 nas competições interestaduais e uniformizando-os.
Equipe Sergipana de Surf
Fred Costa apontou que a Federação Sergipana de Surf organizará a Equipe Sergipana de Surf para disputar competições em outros estados neste ano. A equipe será composta pelos campões de cada categoria do Circuito Sergipano de Surf 2018.
O Sombreiro Surf aponta que a participação dos atletas de base no Circuito CBSurf Júnior Tour, dos surfistas mais experientes no Circuito CBSurf Master e no Circuito CBSurf Pro Tour é de fundamental importância para o desenvolvimento esportivo em Sergipe. A ação abrirá um leque de oportunidades: fundamentação de uma nova geração de competidores, a troca de experiência entre as gerações e vivência entre atletas de diversas regiões, aumento do nível competitivo, possibilidades de fechamento de contratos com novos patrocinadores e, o mais importante, um atleta sergipano ter a oportunidade de compor a equipe da CBSurf em eventos como o Pan-americano de Surf e o ISA World Surfing Games.
Busca pela valorização do atleta
O atleta Fabiano Rodrigues da cidade Barra dos Coqueiros apontou que muitos atletas investem uma soma significativa para participar das etapas do sergipano de surf. Eles bancam o equipamento, viagem, alimentação e inscrição do próprio bolso, e no final, a premiação do atleta finalista não paga o custo da etapa. No momento do debate, foi afirmado que os atletas olímpicos têm direito apenas a premiação das medalhas de ouro, prata e bronze, e que a Federação Sergipana de Surf, por meio das etapas do circuito 2018, proporcionou além da premiação a degustação de alimentos, água, mesa de frutas, massagem, entre outros benefícios para os atletas.
Perguntar não ofende: os benefícios de ações de marketing promocional das empresas patrocinadoras das quatro etapas do Circuito Sergipano de Surf 2018 pagou pelo menos a inscrição do atleta em uma etapa do sergipano?
Outro ponto, de acordo com a matéria do site BBC.com, intitulada “Quanto os medalhistas brasileiros vão receber de prêmio pela Rio 2016, apontou que empresas privadas patrocinadoras do COB – Comitê Olímpico Brasileiro, pagariam para cada atleta individual que subisse no pódio a quantia de US$ 11 mil (dólares), ou R$ 35 mil reais na época. Já a conquista em equipe seria de US$ 5 mil, naquele momento R$ 17,5 mil. No caso do futebol o comentário na época foi de US$ 100 mil para cada jogador, isto é, entorno de R$ 330 mil.
O prêmio serviu para estimular os atletas a buscarem medalhas para a nação brasileira.
Seria excelente que os patrocinadores de todas as etapas do Circuito Sergipano de Surf 2019 pudessem arcar com o compromisso de valorizar o atleta campeão de cada categoria do sergipano.
Paulatinamente o Circuito Sergipano de Surf vem sendo estruturado pela atual administração. É de suma importância o desenvolvimento e a integração de todos os polos surf do estado de Sergipe e, consequentemente, a formação da Equipe Sergipana de Surf para disputar as etapas da CBSurf – Confederação Brasileira de Surf.
O Sombreiro Surf apoia a iniciativa da Equipe Sergipana de Surf em participar das etapas das associações e federações de outros estados, mas o mais importante é a participação dos circuitos CBSurf, já que abrirá as portas para os competidores sonharem em participar das competições internacionais de base, como o Pan-americano de Surf, o ISA World Surfing Games e no Mundial Pro Junior da WSL – World Surf League.