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Chloé Calmon é campeã do Noosa Longboard Open na Austrália

Aracaju (SE), 14 de março de 2019.

A carioca Chloé Calmon venceu o Noosa Longboard Open e largou na frente na corrida pelo título do World Surf League Longboard Tour 2019 na Austrália. No domingo, ela derrotou as duas surfistas que vem lhe impedindo de ser campeã mundial na modalidade praticada em pranchões como no início do surfe. Nas semifinais, passou pelo principal algoz, a americana Tory Gilkerson, para quem perdeu o título na final de 2016. E na decisão em Noosa, bateu a havaiana Honolua Blomfield que também a deixou como vice-campeã em 2017. Neste ano, a WSL está realizando um circuito com quatro etapas para definir os títulos e a próxima será na última semana de agosto na Espanha.

O campeão Justin Quintal, Honolua Blomfield, Chloé Calmon e Steven Sawyer (Foto: @WSL / Jack Barripp)

“Estou muito feliz por ganhar este evento, mas muito mais feliz ainda com os rumos que o longboard está seguindo agora”, destacou Chloé Calmon. “Os novos eventos e o novo formato de disputa vão colocar o longboard numa posição muito melhor. Teremos mais oportunidades para ganhar o título mundial e mais oportunidades para mais surfistas poderem competir, o que é muito legal. Vai ser muito empolgante isso, pois nos últimos anos os títulos vinham sendo decididos em uma única etapa, ou duas, agora teremos quatro esse ano, o que é muito bom”.

O Noosa Longboard Open foi o primeiro evento do ano promovido pela World Surf League com a grande novidade da igualdade na premiação da categoria feminina com a masculina. E foram as meninas que fecharam o campeonato no domingo em Sunshine Beach, onde as ondas de 2-3 pés em Castaways estavam melhores do que no palco principal em Noosa. Chloé Calmon ganhou pela vitória os mesmos 5.000 dólares do norte-americano Justin Quintal, que também bateu um campeão mundial na final masculina, o defensor do título Steven Sawyer. O sul-africano ficou com 2.500 dólares pelo vice-campeonato, assim como Honolua Blomfield.

Chloe Calmon (Foto: @WSL / Jack Barripp)

A brasileira construiu a vitória desde as primeiras ondas surfadas na final, que valeram notas 5,50 e 6,33. Quando a havaiana esboçou uma reação numa onda de 5 pontos, Chloé respondeu com sua melhor apresentação, aproveitando bem uma esquerda mais longa para mostrar as manobras clássicas dos pranchões e ganhar nota 7,33. Com ela, totalizou imbatíveis 13,66 pontos, mesmo com Honolua Blomfield chegando perto da virada no final. A havaiana entrou num bom ritmo com as séries e achou boas ondas para tirar duas notas na casa dos 6 pontos, atingindo 13,03 nas duas computadas com o 6,53 recebido na última que surfou.

“Estou muito feliz pela vitória, mas realmente não esperava que isso acontecesse assim”, disse Chloé Calmon. “Obviamente, meu objetivo era ganhar este evento, mas achava que seria possível se a competição rolasse lá no First Point de Noosa e não aqui nessa praia (Castaways). Eu treinei bastante lá, então ganhar aqui em esquerdas num beach break, não esperava, nem passava pela minha mente. Mas, foi tudo muito bom e fico feliz em começar o ano assim”.

Honolua Blomfield (Foto: @WSL / Jack Barripp)

DIA DA VINGANÇA – O domingo foi quase como um dia da vingança para Chloé Calmon, contra as duas surfistas que vêm lhe tirando a chance de conquistar o título mundial nos últimos anos. Especialmente Tory Gilkerson, a quem agora derrotou nas semifinais. Em 2016, elas decidiram o título na final da etapa única na China e a californiana foi a campeã. Em 2017, tiveram duas etapas e Chloé ganhou a primeira em Papua Nova Guiné derrotando Crystal Walsh, depois de passar pela mesma Honolua Blomfield nas semifinais.

A etapa decisiva foi na China e Tory Gilkerson apareceu de novo para impedir que a carioca seguisse defendendo a liderança do ranking, derrotando-a na terceira fase. O caminho ficou livre e a havaiana Honolua Blomfield ficou com o título com a vitória na China, deixando Chloé como vice-campeã de novo. Em 2018, o título voltou a ser decidido numa etapa única em Taiwan e Gilkerson barrou a carioca mais uma vez na terceira fase, na briga pela segunda vaga para as quartas de final na bateria vencida pela atual campeã mundial, Soleil Errico.

(Foto: @WSL / Jack Barripp)

Agora, Chloé Calmon começa em primeiro lugar no ranking com 6.000 pontos, seguida por Honolua Bloomfield com 4.500 e Tory Gilkerson com 3.550, dividindo o terceiro lugar com a também norte-americana Rachael Tilly, campeã mundial de 2015. Entre as quatro semifinalistas do Noosa Longboard Open, a brasileira era a única sem um título mundial no currículo. A pernambucana tricampeã sul-americana, Atalanta Batista, perdeu nas oitavas de final e está em nono lugar no ranking com 1.550 pontos.

CATEGORIA MASCULINA – O carioca Phil Rajzman e o saquaremense Rodrigo Sphaier também pararam nas oitavas de final da categoria masculina e estão empatados em nono lugar com 1.550 pontos no primeiro ranking do World Surf League Longboard Tour 2019. Nenhum sul-americano chegou no domingo decisivo e o campeão Justin Quintal já começou a se destacar em sua primeira apresentação no último dia, fechando as quartas de final com a maior somatória, 15,94 pontos.

Nas semifinais, ele e seu adversário deram um show na melhor bateria de todo o campeonato, com ambos fazendo os recordes do Noosa Longboard Open a cada onda surfada. O norte-americano começou com nota 8,90 na primeira, recebeu 7,03 na segunda, 7,90 na terceira, 7,80 na quarta, mas o australiano local de Noosa, Harrison Roach, respondia à altura com 7,00 na primeira, depois 7,50, 6,87 e um 9,07 numa onda muito bem surfada. Justin Quintal dá o troco na mesma moeda com 9,03 para atingir 17,93 pontos de 20 possíveis e o australiano ainda tira notas 8,00 e 8,70 em duas ondas seguidas para totalizar 17,77 pontos.

Na outra chave, o sul-africano Steven Sawyer ganhou dois confrontos de campeões mundiais em sua defesa do título conquistado no ano passado. A primeira vítima foi o número 1 de 2006, o australiano Josh Constable. Depois, despachou a lenda Taylor Jensen, californiano bicampeão consecutivo em 2011 e 2012 que conquistou o tri em 2017. A bateria final foi mais um grande espetáculo e Justin Quintal conseguiu carimbar a faixa do defensor do título com mais uma apresentação incrível. A melhor onda do americano valeu 8,60 que definiu a vitória apertada por 16,37 a 16,10 pontos, com ambos somando um 7,77 como segunda nota.

Mais informações, notícias, fotos, vídeos e todos os resultados do Noosa Longboard Open podem ser acessadas na página do evento no www.worldsurfleague.com. A segunda etapa do World Surf League Longboard Tour 2019 é o Galicia Longboard Pro agendado para os dias 28 a 31 de agosto em Pantin, na Galícia, Espanha, mas que ainda não está confirmado.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão. A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 180 eventos globais que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial. Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Kai Lenny, Taylor Jensesn, Honolua Blomfield, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.

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João Carvalho – WSL South America Media Manager

(48) 999-882-986 – jcarvalho@worldsurfleague.com

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RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO NOOSA LONGBOARD OPEN:

Campeã: Chloé Calmon (BRA) por 13,66 pontos (7,33+6,33) – US$ 5.000 e 6.000 pontos

Vice-campeã: Honolua Blomfield (HAV) com 13,03 pontos (6,53+6,50) – US$ 2.500 e 4.500 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 1.750 e 3.550 pontos:

1.a: Chloé Calmon (BRA) 14.67 x 12.83 Tory Gilkerson (EUA)

2.a: Honolua Blomfield (HAV) 14.50 x 10.30 Rachael Tilly (EUA)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 1.250 e 2.650 pts:

1.a: Tory Gilkerson (EUA) 14.84 x 13.00 Emily Lethbridge (AUS)

2.a: Chloe Calmon (BRA) 13.34 x 10.73 Kirra Seale (HAV)

3.a: Rachael Tilly (EUA) 14.44 x 11.86 Minami Koyama (JPN)

4.a: Honolua Blomfield (HAV) 14.56 x 11.07 Alice Lemoigne (FRA)

RESULTADOS DA CATEGORIA MASCULINA NO DOMINGO:

Campeão: Justin Quintal (EUA) por 16.37 pontos (8,60+7,77) – US$ 5.000 e 6.000 pontos

Vice-campeão: Steven Sawyer (AFR) com 16,10 pontos (8,33+7,77) – US$ 2.500 e 4.500 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 1.750 e 3.550 pontos:

1.a: Steven Sawyer (AFR) 14.20 x 11.33 Taylor Jensen (EUA)

2.a: Justin Quintal (EUA) 17.93 x 17.77 Harrison Roach (AUS)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 1.250 e 2.650 pts:

1.a: Taylor Jensen (EUA) 13.70 x 9.67 Nic Jones (AUS)

2.a: Steven Sawyer (AFR) 14.53 x 11.90 Josh Constable (AUS)

3.a: Harrison Roach (AUS) 14.17 x 14.13 Kaniela Stewart (HAV)

4.a: Justin Quintal (EUA) 15.94 x 13.66 Tony Silvagni (EUA)

Fonte: WSL South America

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