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Catarinenses vencem o Oi Pro Junior Series e carioca e peruano ganham o Oi Longboard Pro

Quatro finais emocionantes e decididas nos últimos minutos, fecharam a primeira das quatro etapas do Oi Pro Junior Series e das duas do Oi Longboard Pro no domingo no Rio de Janeiro. Os catarinenses venceram as duas categorias do Pro Junior Sub-18, com Mateus Herdy derrotando o paulista Daniel Adisaka e Tainá Hinckel acabando com a invencibilidade de dois anos da peruana Sol Aguirre na América do Sul. No Longboard, a carioca Chloé Calmon largou na frente na busca por um inédito título sul-americano da WSL South America para a sua brilhante carreira, na decisão contra a peruana Maria Fernanda Reyes. Mas, Piccolo Clemente conquistou uma vitória do Peru na Barra da Tijuca, com o bicampeão mundial e tricampeão sul-americano superando o capixaba Alexandre Escobar na final masculina.

Maria Fernanda Reyes e Chloé Calmon no pódio (Foto: Pedro Monteiro / Oi)

Todos os campeões receberam 1.200 dólares pelas vitórias no primeiro evento no Brasil com o princípio da igualdade na premiação dos homens e mulheres, incentivado pela World Surf League. A próxima etapa do Oi Pro Junior Series é nos dias 12 a 14 de julho em Salvador (BA), enquanto a do Oi Longboard Pro será só em novembro (08 a 10) na Praia de Maresias, em São Sebastião (SP). No domingo decisivo do primeiro desafio no Rio de Janeiro, as ondas ainda apresentaram uma boa formação na Barra da Tijuca, mas as séries estavam muito espaçadas, demorando bastante para entrar.

Com isso, o tempo nas baterias finais foi ampliado de 20 para 25 minutos, para que os competidores tivessem mais chances de surfar. A primeira decisão de título a entrar no mar foi a do Oi Longboard Pro feminino, as 11h20. A atual número 1 do ranking mundial da World Surf League em 2019, Chloé Calmon, já tinha brilhado com a maior nota – 9,0 – de todas as categorias na semifinal carioca com Jasmim Avelino. Maria Fernanda Reyes venceu a disputa seguinte e essa acabou sendo a primeira das três finais consecutivas entre Brasil e Peru.

Chloé Calmon (Foto: Pedro Monteiro / Oi)

Foi uma bateria bem disputada e a brasileira começou bem, fazendo uma boa combinação das manobras clássicas dos pranchões com batidas e rasgadas. Mas, a peruana achou uma boa onda para tirar a maior nota da bateria – 6,90 – e logo assumiu a liderança com 5,85, há 8 minutos do fim. Chloé Calmon passou a precisar de 6,26 para vencer e conseguiu 6,45 logo na primeira tentativa. A peruana tentou recuperar a ponta na onda seguinte, porém a nota saiu 4,85 e necessitava de 6,05. Depois, não entraram mais ondas boas e a vitória de Chloé Calmon foi confirmada por 12,95 a 12,75 pontos de Maria Fernanda Reyes.

“Foi uma final muito bem disputada e é muito especial vencer em casa”, disse Chloé Calmon. “A Maria (Fernanda Reyes) estava surfando muito bem e nos dez minutos finais a gente trocou a primeira posição a cada onda. Eu sabia que ia ser uma bateria difícil e no último minuto ela ainda pegou uma onda que eu não quis nem olhar. Eu batalhei muito até o último segundo, porque meu objetivo era deixar o título em casa e consegui. Estou muito feliz e agora vou em busca do primeiro título sul-americano, com certeza. Consegui vencer essa etapa aqui em casa, a próxima vai ser em Maresias (SP), então vamos com tudo pra lá”.


Piccolo Clemente e Alexandre Escobar no pódio (Foto: Pedro Monteiro / Oi)

VITÓRIA PERUANA – Depois da final feminina, entrou a decisão masculina do Oi Longboard Pro com o peruano Piccolo Clemente, que tem dois títulos mundiais na World Surf League e três sul-americanos na WSL South America, enfrentando o capixaba Alexandre Escobar sem muita experiência internacional. Se na categoria feminina deu Brasil, na masculina deu Peru, pois Piccolo aumentava a vantagem a cada onda surfada, até atingir imbatíveis 13,75 pontos com notas 7,25 e 6,50, contra apenas 9,15 pontos das duas computadas pelo brasileiro.

“Essa é a minha primeira vitória no Brasil e estou muito feliz”, disse o recordista com três títulos sul-americanos, Piccolo Clemente. “A última vez que eu tinha vindo para cá foi em 2010, para participar de dois eventos, na Bahia e Pernambuco. Foi a minha primeira experiência no Brasil e estou contente em voltar aqui. Tenho competido durante muitos anos com os brasileiros, o Phil (Rajzman), o Jejê (Jefson Silva), Jeferson (Silva) e muitos outros amigos. Fiquei feliz por reencontra-los depois de quase 10 anos aqui no Brasil. Quero oferecer essa vitória a minha esposa que está aqui e todas as mamães do Peru. Certamente, voltarei de novo para a próxima etapa em São Paulo (08 a 10 de novembro), para tentar outro título sul-americano”.


Piccolo Clemente (Foto: Pedro Monteiro / Oi)

DESAFIO DE CAMPEÃS – A grande final feminina do Oi Pro Junior Series foi um verdadeiro desafio entre as últimas campeãs sul-americanas na terceira decisão Brasil x Peru seguida na Barra da Tijuca. A bateria começou um pouco fraca de ondas e a primeira boa quem surfou foi a bicampeã de 2017 e 2018, Sol Aguirre, que valeu 4,25. A campeã de 2016, Tainá Hinckel, deu o troco na mesma moeda e recuperou a liderança com 4,50.

As ondas estavam demorando bastante para entrar e logo soou o sinal dos 5 minutos finais da bateria sem nenhuma delas surfar. Aí Tainá pegou uma esquerda para mandar um batidão de backside que recebeu outro 4,50 dos juízes, para acabar com a invencibilidade da peruana em finais disputadas desde 2017. Sol Aguirre ainda surfou uma onda no final, mas só valeu 3,25 e Tainá Hinckel festejou a vitória no Oi Pro Junior Series por 9,00 a 7,50 pontos, começando a temporada 2019 do Pro Junior liderando o ranking da WSL South America.


Tainá Hinckel (Foto: Pedro Monteiro / Oi)

“Estou muito feliz pela vitória e quero agradecer principalmente a Deus. Acho que a lição nesse campeonato foi sobre acreditar em mim, no que eu posso, então agora é comemorar”, disse Tainá Hinckel, que derrotou os grandes destaques do surfe peruano no domingo, Daniela Rosas nas semifinais e Sol Aguirre. “Minha meta desde que cheguei aqui era vencer o campeonato por mim mesma, conseguir o objetivo que eu almejava. Estou me preparando muito bem mentalmente e fisicamente, então acho que isso é o resultado deste trabalho e estou muito feliz por ter dado tudo certo. Eu quero ser campeã sul-americana de novo, mas quero me divertir também, que é o mais importante”.


Tainá Hinckel e Sol Aguirre no pódio (Foto: Pedro Monteiro / Oi)

FAVORITISMO CONFIRMADO – A última final entrou no mar as 12h40 e o favoritismo foi confirmado com a vitória do atual campeão mundial Pro Junior, Mateus Herdy. Mas, não foi fácil. O paulista Daniel Adisaka abriu a bateria logo após o sinal de início, surfando forte uma direita massacrada por várias batidas e rasgadas que valeram nota 6,50. O catarinense tentou dar um troco com um layback incrível que não completou e Daniel ampliou a vantagem com o 5,25 da sua segunda onda.

Mateus vinha arrancando as maiores notas do campeonato com seus aéreos e ficou arriscando essa manobra fatal, mas sem completar. Ele então usou a borda numa esquerda para tirar 6,25 e diminuir para 5,51 a diferença para a vitória nos 5 minutos finais. Logo pega outra e dessa vez acerta o aéreo para assumir a dianteira com 5,75. Daniel passa a precisar de 5,50 e voa na finalização de uma onda, porém sem aterrissar. Com isso, a vitória do campeão mundial Pro Junior, Mateus Herdy, foi anunciada por uma pequena diferença de 12,00 a 11,75 pontos.


Mateus Herdy (Foto: Pedro Monteiro / Oi)

“Foi uma final muito difícil, porque o Danielzinho (Adisaka) estava surfando muito e começou bem a bateria”, destacou Mateus Herdy. “Estava difícil de achar ondas boas, mas deu tudo certo no final e consegui a vitória que eu vim buscar aqui. Eu achei uma esquerdinha boa ali para entrar na briga, porque o Daniel foi na primeira e ela sobrou pra mim. Depois, tive sorte em conseguir outra pra fazer um aéreo que acabou garantindo a vitória, mas foi uma bateria bem difícil. Acho que foi a recompensa pelos meus treinos, minha dedicação, então estou feliz e confiante também para os próximos eventos. Eu pretendo correr outras etapas para quem sabe conseguir mais um título sul-americano neste meu último ano de Pro Junior”.


Daniel Adisaka e Mateus Herdy no pódio (Foto: Pedro Monteiro / Oi)

QUATRO ETAPAS– A Oi já patrocina a etapa brasileira do World Surf League Championship Tour desde 2015 e agora também passa a investir na base do esporte, na principal competição para surfistas com até 18 anos do mundo, além de resgatar a modalidade Longboard no Brasil. Serão quatro etapas do Oi Pro Junior Series em quatro estados do país, duas delas combinadas com o Oi Longboard Pro e todas com igualdade na premiação em dinheiro para homens e mulheres. As duas próximas serão apenas para a nova geração competir de 12 a 14 de julho na Praia de Stella Maris, em Salvador (BA), e de 11 a 13 de outubro em Florianópolis (SC). Na última, de 08 a 10 de novembro na Praia de Maresias, em São Sebastião (SP), o Oi Pro Junior Series e o Oi Longboard Pro decidirão os campeões regionais de 2019 da WSL South America.

Oi Pro Junior Series e o Oi Longboard Pro são uma realização da World Surf League South America com patrocínio da Oi como naming rights e da Subway, além do apoio da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro (FESERJ) para esta primeira etapa na Barra da Tijuca. Todas terão o portal Waves como parceiro de mídia e serão transmitidas ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo www.waves.com.br

A OI E O ESPORTE – A companhia patrocina grandes eventos esportivos, equipes e atletas de diferentes modalidades como surfe, skate e eventos de cultura urbana. Além de patrocinar desde 2015 o Oi Rio Pro, a etapa brasileira do World Surf League Championship Tour, a Oi patrocina os principais surfistas brasileiros: Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, Filipe Toledo, Silvana Lima e Adriano de Souza, o Mineirinho, além do surfista Davizinho, de 12 anos, vice-campeão mundial de surfe adaptado. Como parte do legado do patrocínio aos Jogos Cariocas de Verão de 2016 e 2017, a Oi construiu pistas de skate em Manguinhos e São João da Barra e reformou o skate park de Campo Grande – aproveitando assim o grande potencial do esporte urbano para aproximar culturas e realidades, transformando espaços públicos.

Aracaju (SE), 12 de maio de 2019.

Fonte: João Carvalho – WSL South America Media Manager 

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