Filipe Toledo segue firme na busca do tri no Corona Open J-Bay
O paulista Filipe Toledo segue firme na busca pelo tricampeonato consecutivo na etapa do World Surf League Championship Tour na África do Sul. Depois de três dias parado, as ondas voltaram a apresentar boa formação na quarta-feira para rolar as oitavas de final do Corona Open J-Bay, que vinham sendo adiadas desde domingo. O defensor do título aumentou seus próprios recordes nas direitas de Jeffreys Bay, para 18,26 pontos com notas 9,43 e 8,83, destruindo duas ondas com uma série incrível de manobras no duelo brasileiro com Willian Cardoso. Além de Filipe, Gabriel Medina e Italo Ferreira, que despachou a fera Kelly Slater, também passaram para as quartas de final que vão abrir o último dia na África do Sul.
A primeira chamada da quinta-feira é as 7h30 na África do Sul, 2h30 da madrugada no fuso horário de Brasília. O bicampeão mundial Gabriel Medina vai disputar a primeira vaga para as semifinais com o australiano Owen Wright. Filipe Toledo enfrenta o havaiano Sebastian Zietz na terceira bateria e Italo Ferreira fecha as quartas de final com o japonês Kanoa Igarashi, que também se destacou nas ondas de 3-5 pés da quarta-feira em Jeffreys Bay. Ele surfou no mesmo nível de Filipe Toledo, atingindo 17,24 pontos com notas 9,07 e 8,17, na vitória sobre o paranaense Peterson Crisanto.
Além de Peterson e Willian Cardoso, derrotado por Filipe Toledo, outro brasileiro que perdeu nas oitavas de final e terminou em nono lugar no Corona Open J-Bay, foi o paulista Deivid Silva. Ele enfrentou o norte-americano Kolohe Andino, que já tirou a liderança do ranking do havaiano John John Florence, com a passagem para as quartas de final na bateria decidida nas últimas ondas surfadas pelos dois. A do californiano valeu 5,90 e faltou um pouquinho a mais do que o 5,97 recebido pelo brasileiro, para ele virar o placar encerrado em 12,73 a 12,14.
A disputa pela lycra amarela do Jeep Leaderboard continua na África do Sul. No último dia, será fase a fase entre Kolohe Andino e Filipe Toledo. Quem ficar na frente, sairá de Jeffreys Bay na dianteira da corrida pelo título mundial da temporada. Os dois podem até decidir a primeira posição no ranking em uma possível final entre eles. Kolohe Andino está na chave de cima, junto com Gabriel Medina, enquanto Filipe está na de baixo, como Italo Ferreira e Kanoa Igarashi, que ainda tem chances na briga pela ponta, desde que os dois não cheguem na final.
O MELHOR EM J-BAY – Filipe Toledo vai ganhando favoritismo para o tricampeonato a cada bateria em Jeffreys Bay, nas diferentes das condições do mar nos três dias que competiu. Na quarta-feira, as ondas de 4-5 pés estavam com ótima formação para ele mostrar seu arsenal de manobras progressivas, variando batidas e rasgadas abrindo grandes leques de água com uma velocidade impressionante. A primeira que pegou contra Willian Cardoso, foi tão longa e perfeita, que deu para fazer incríveis dez manobras na onda, até queimar os músculos das pernas pelo esforço, mas valeu a maior nota desse ano, 9,43.
A segunda foi boa também e ganhou 7,00, que trocou pela terceira e última que surfou, mandando oito manobras fortes de frontside que arrancaram 8,83 dos juízes. Com ela, atingiu 18,26 pontos de 20 possíveis, se mantendo como recordista absoluto nas direitas de Jeffreys Bay. Filipe já tinha estreado com esse status, pela nota 9,10 e os 17,60 pontos da primeira fase, marcas que só foram superadas agora, por ele mesmo.
O japonês Kanoa Igarashi foi quem chegou mais perto desses números, com 9,03 e 17,53 pontos na terceira fase contra o português Frederico Morais e 9,07 e 17,24 sobre Peterson Crisanto nas oitavas de final. Ele chegou na África do Sul em quinto no ranking e agora vai enfrentar o sexto colocado, o potiguar Italo Ferreira, que passou por Kelly Slater na última bateria masculina da quarta-feira, por 14,06 a 12,20 pontos.
Além da derrota em nono lugar, o onze vezes campeão mundial também perdeu a sétima posição no ranking para Gabriel Medina, que tinha despachado o australiano Ryan Callinan por 12,94 a 11,67 no segundo confronto do dia. Medina terá outro australiano pela frente, Owen Wright, na disputa pela primeira vaga nas semifinais do Corona Open J-Bay. Quem passar, vai decidir a primeira classificação para a grande final com o vencedor do duelo do novo líder, Kolohe Andino, com o veterano Adrian Buchan.
SEMIFINAIS FEMININAS – Depois das oitavas de final masculinas, a quarta-feira prosseguiu com as quartas de final femininas, que tiveram algumas surpresas. A heptacampeã mundial Stephanie Gilmore caiu logo na primeira bateria, vencida pela jovem americana Caroline Marks. A havaiana Carissa Moore confirmou o favoritismo na segunda, fazendo os recordes entre as meninas, nota 9,50 e 17,67 pontos, contra a francesa Johanne Defay.
No confronto seguinte, Carissa viu sua chance de assumir a liderança do ranking na África do Sul com a ajuda da também havaiana Malia Manuel, que derrotou a número 1 do Jeep Leaderboard por 14,03 a 13,50 pontos. Carissa Moore agora pode tirar a lycra amarela da australiana Sally Fitzgibbons se chegar na final do Corona Open J-Bay, então, se passar por Caroline Marks nas semifinais. A outra vaga será disputada por Malia Manuel e Lakey Peterson, vencedora do duelo americano com Courtney Conlogue que fechou a quarta-feira.
O Corona J-Bay Open está sendo transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo Facebook Live e pelo aplicativo da World Surf League. A primeira chamada da quinta-feira será as 7h30 na África do Sul, 2h30 da madrugada no Brasil.
Aracaju (SE), 17 de julho de 2019.
Fonte: João Carvalho – WSL South America