Com ouro de Chloé Calmon, e bronze de Nicole Pacelli, surfe brasileiro fecha participação em Lima com quatro medalha
Lena Ribeiro e Vinnicius Martins haviam conquistado ouro e prata no SUP Race na última sexta-feira
Com mais duas medalhas conquistadas no último dia de disputas do surfe, sendo mais uma de ouro, o Time Brasil encerrou a sua participação na modalidade que estreou em Jogos Pan-Americanos em Lima. Neste domingo (4), em Punta Rocas, Chloé Calmon, na categoria longboard, os pranchões, conquistou o ouro e Nicole Pacelli, no Stand-Up Paddle (SUP) wave, o surfe com remos, ficou com a medalha de bronze. No total, foram quatro medalhas na modalidade. Na última sexta-feira, Lena Ribeiro foi campeã e Vinnicius Martins ficou com a prata no SUP Race. Chloé, que enfrentou também a torcida local na decisão, comemorou a vitória da modalidade de entrar no programa pan-americano.
“Eu sabia que ia ser uma bateria bem disputada, toda a torcida estava a favor da Maria Fernanda. Deixei todas as emoções, todos os pensamentos de medalha de lado, entrei com a cabeça fria. Tinha uma estratégia em mente. Observei muito as condições do mar e toda vez que fechava os olhos, visualizava as ondas que eu ia pegar. E peguei. Mais do que uma vitória para mim, é uma vitória para todo o país, uma vitória para o surfe e para todos os amantes do longboard”, disse Chloé.
Atual líder do ranking mundial da World Surf League (WSL), Chloé confirmou o favoritismo e venceu todas as baterias que disputou. Na grande final, superou a peruana, Maria Fernanda Reyes, vice-campeã mundial, por 15,36 a 12,76. A comemoração foi toda a equipe do Time Brasil e também com os pais dela, Miguel e Ana, que estavam na arquibancada.
“Sabia que eles estavam na arquibancada. Não tem emoção melhor do que comemorar com os dois. Cheguei como favorita e tinha muita pressão em cima de mim. Consegui deixar de lado e surfar bem”, festejou Chloé, que para colocar a medalha de ouro no peito venceu cinco baterias. Na final, a brasileira construiu o resultado logo nas duas primeiras ondas surfadas, primeiro com um 7,33 e depois um 8,03, deixando a rival precisando de 8,43 pontos.
Antes de Chloé, o Time Brasil já tinha comemorado o bronze de Nicole Pacelli, que acabou superada pela campeã Isabella Gomez, da Colômbia – 14,10 a 11,56. Duas fases antes, a brasileira havia vencido a mesma Isabela. Desta vez, Nicolle saiu na frente, com 5,33, a colombiana assumiu a ponta com a melhor nota da bateria, um 7,33, mas a atleta do Time Brasil virou, com um 6,23, mas Izzi no final mudou novamente o placar, com 6,77.
Ela confessou que saiu chateada do mar por não ter disputado o ouro, mas vibrou com a conquista da medalha para o Brasil num momento histórico da modalidade. “Quando eu saí do mar, fiquei um pouco frustrada, porque como toda competidora queria ir além, mas minha bateria foi bem difícil. Ela é minha maior rival no Circuito Mundial. Também é campeã mundial. Essa bateria poderia ter sido uma final”, disse Nicole.
“Fiquei triste, mas depois caiu a ficha de que estou representando o Brasil no primeiro evento de ciclo olímpico que o stand up participa e estou levando para o Brasil a primeira medalha do stand up wave. Isso significa muito para mim. Estou bem feliz de levar essa medalha histórica. Meu objetivo aqui era uma medalha. Estou feliz de poder fazer parte dessa história. Quando comecei, nunca pensei que o SUP poderia algum dia participar de um Pan. Esse é o maior evento do stand up até hoje e estou muito feliz e honrada de fazer parte desse momento”, vibrou.
Aracaju (SE), 05 de agosto de 2019.
Fonte: COB
Foto Destacada: Alexandre Loureiro/COB