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Jadson André e Miguel Pupo são o Brasil nas finais do QS 10000 da Espanha

O potiguar Jadson André comandou o show de aéreos na Playa Pantin, para fazer novos recordes no QS 10000 Abanca Galícia Classic Surf Pro e o paulista Miguel Pupo foi o outro único brasileiro a passar para as quartas de final, que vão abrir o sábado decisivo em La Coruña, na Espanha. As ondas baixaram um pouco na sexta-feira, mas a combinação do vento nas séries de 3-4 pés, formou rampas perfeitas para voar nas esquerdas. Os aéreos arrancaram as maiores notas do dia e Jadson completou dois que valeram 9,33 e 8,00, para derrotar o francês Thimothee Bisso por 17,33 a 13,97 pontos. Pupo também despachou um francês no penúltimo duelo do dia, Charles Martin, por um placar mais apertado de 14,47 a 12,83 pontos.

Jadson André (Foto: Laurent Masurel / WSL via Getty Images)

A apresentação do Jadson foi a mais incrível de todo o campeonato. Ele já começou bem com nota 7,33 e na onda seguinte decolou em um aéreo full rotation muito alto, aterrissando com perfeição para arrancar a maior nota do QS 10000 Abanca Classic Surf Pro, 9,33. Depois, arriscou um “backflip rotation” de difícil execução e completou a manobra, para somar uma nota 8,00 no maior placar do dia nas ondas da Playa Pantin, 17,33 pontos. Ele agora terá um duelo direto com o único surfista que pode lhe tirar a liderança no ranking do WSL Qualifying Series na Espanha, Matt Banting. Mas, o australiano só consegue isso com a vitória.

“Para mim, o Tim (Timothee Bisso) foi de longe o melhor surfista e melhor competidor de todo este evento”, destacou Jadson André. “Eu sabia que teria que arriscar tudo para vencê-lo. Já faz um tempo que eu sei fazer backflips, mas nunca tinha tentado em baterias e esse era o momento perfeito para fazer isso. Estou muito feliz com minha performance neste evento e acho que estou muito bem no ranking agora, então fico realmente satisfeito com tudo”.

Jessé Mendes (Foto: Laurent Masurel / WSL via Getty Images)

O potiguar teve um início de temporada fulminante no WSL Qualifying Series. Ele chegou nas finais das três primeiras etapas com status QS 6000. Ganhou o Oi Hang Loose Pro Contest na volta do campeonato mais tradicional do surfe brasileiro para Fernando de Noronha. Depois, foi vice-campeão nas duas provas seguidas da Austrália, em Newcastle e Sydney.

Jadson então passou a se concentrar no World Surf League Championship Tour e só voltou a competir no QS nas etapas de 10.000 pontos. Na África do Sul, ficou em 37.o lugar no Ballito Pro e não passou da sua estreia no Vans US Open of Surfing na Califórnia. Os dois eventos foram vencidos pelo Brasil, com Deivid Silva na África e Yago Dora nos Estados Unidos. Agora, depende só dele para confirmar sua volta ao topo do ranking, ou seja, derrotar Matt Banting no primeiro duelo do sábado.

Alex Ribeiro (Foto: Laurent Masurel / WSL via Getty Images)

O australiano também surfou bem para derrotar Jessé Mendes na segunda oitava de final. O guarujaense conseguiu a maior nota da bateria, 8,67, mas Banting ganhou 8,00 na última onda, para somar com o 8,33 que já havia recebido. Com isso, deixou Jessé em nono lugar no QS 10000 Abanca Galícia Classic Surf Pro com a vitória por 16,33 a 14,90 pontos. Outra derrota brasileira aconteceu duas baterias depois. O destaque da quinta-feira nas ondas da Playa Pantin, Deivid Silva, foi eliminado por 13,83 a 12,16 pelo australiano Caleb Tancred.

Passaram-se mais duas baterias até a terceira participação verde-amarela na batalha pelas vagas nas quartas de final e deu Austrália de novo, com Morgan Cibilic superando o paulista Alex Ribeiro por meio pontinho de diferença, 14,84 a 14,34 pontos. O australiano largou na frente com notas 7,67 e 7,17 e ficou com elas até o fim. Alex, que assumiu a segunda posição no ranking na quinta-feira, também ganhou a maior nota, 8,17, e depois foi em mais doze ondas para tentar a vitória, porém sem conseguir os 6,67 pontos que precisava.

Miguel Pupo (Foto: Laurent Masurel / WSL via Getty Images)

IRMÃOS PUPO – Os irmãos Pupo fecharam a sexta-feira, mas só o mais velho, Miguel, se classificou. Os dois tinham competido juntos pela manhã, nas baterias restantes da quarta fase, com ambos passando para as oitavas de final, despachando o americano Michael Dunphy. Miguel confirmou a vitória por 14,47 a 12,83 pontos do francês Charles Martin, com a nota 7,40 da última onda que surfou na bateria. Já Samuel Pupo, não conseguiu achar boas ondas para mostrar todo o seu potencial e Nomme Mignot garantiu a primeira vitória da França sobre o Brasil nas oitavas, por uma larga vantagem de 15,43 a 5,66 pontos. Agora, Miguel pode vingar a derrota do seu irmão, pois vai enfrentar Nomme na briga pela última vaga nas semifinais.

Com a passagem para as quartas de final, Miguel Pupo entrou na lista dos dez surfistas que se classificam para a elite dos top-34 da World Surf League, pelo ranking do Qualifying Series. Durante o sábado, dois surfistas chegaram a figurar no G-10, o australiano Jack Robinson e o norte-americano Jake Marshall. Isso até Pupo derrotar o francês Charles Martin na penúltima bateria da sexta-feira, para assumir a nona posição no ranking. Mas, ele precisa avançar mais para não ser ultrapassado, pois Jake Marshall também está nas quartas de final.

Samuel Pupo (Foto: Laurent Masurel / WSL via Getty Images)

O QS 10000 Abanca Galícia Surf Classic Pro está sendo transmitido ao vivo da Playa Pantin pelo www.worldsurfleague.com e a primeira chamada para as quartas de final foi marcada para as 13h00 na Espanha, 8h00 da manhã no horário de Brasília.

Aracaju (SE), 06 de setembro de 2019.

Fonte: João Carvalho – WSL South America Media Manager

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