Estrupo aumenta no Brasil e em Sergipe o feminicídio dispara
São 183 estupros por dia no Brasil e Sergipe lidera aumento na taxa de feminicídio no Anuário de Segurança Pública
Empoderar a mulher perante o agressor, apresentar seus direitos e ofertar o direito da autodefesa nas academias e centros esportivos sociais
Os dados do 13º Anuário de Segurança Pública, apresentado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública na última terça-feira (10), contabilizam mais de 66 mil casos de violência sexual em 2018. Diariamente acontece mais de 180 estupros, sendo que 82% das vítimas são mulheres, o número bateu recorde desde 2009.
Em relação à violência doméstica o crescimento foi de 4%, chegando ao total de 263.067 casos. O crescimento de 5% no número absoluto de feminicídio chama atenção no Anuário, são 1.206 vítimas.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública também aponta que Sergipe apresentou o maior crescimento da taxa de feminicído em grupo de 100 mil mulheres, quase 164% quando comparado com 2017/2018. Neste ano foram 12 mulheres vítimas de feminicídio no menor estado da confederação.
A Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio são meios de proteção da mulher numa sociedade de comportamento machista. Empoderar a mulher perante o agressor, apresentar seus direitos e ofertar o direito da autodefesa nas academias e centros esportivos sociais neste momento de alto índice de violência são formas de contribuir para a minimização das estatísticas.
“Toda mulher tem que se sentir segura e respeitada nos ambientes sociais, seja familiar, na balada ou transporte público. O Boxe Esporte Arte da Equipe JF pode ajudar na prevenção dos diversos modelos de assédios diários contra a mulher. Se defender das agressões com técnicas específicas do Boxe, ajudará no fortalecimento da coordenação motora e maior agilidade na defesa pessoal. A mulher tem que aprender a inibir os ataques dos agressores”, ressalta o treinador Júlio Flávio.
A defesa da mulher não passa apenas pelas técnicas do Boxe ou outras artes marciais, denunciar o agressor e casos de violências para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher ou no Disque Denúncia: 180 (nacional), 181 (Sergipe) e 190 (Polícia Militar) tornam-se importantes para preservar a vida e impedir traumas psicológicos no seio da família. O serviço Disque Denúncia é ofertado 24h e de forma anônima. A mulher tem o direito de ser mulher em qualquer lugar, em qualquer ambiente.
Aracaju (SE), 18 de setembro de 2019.
Imagem Destacada: @FreePik