Início do MEO Rip Curl Pro Portugal é adiado na quarta-feira!
A quarta-feira amanheceu com ondas pequenas e vento desfavorável em Supertubos, para dar a largada no penúltimo desafio do World Surf League Championship Tour 2019, que pode definir os títulos mundiais da temporada em Portugal. O prazo do MEO Rip Curl Pro vai até 28 de outubro e a próxima chamada foi marcada para as 9h00 da quinta-feira em Peniche, 5h00 da madrugada no fuso horário de Brasília. Essa etapa também é decisiva na disputa pelas vagas para os Olimpíadas de Tokyo 2020 no Japão e para permanecer na divisão de elite do esporte.
As baterias de estreia dos três surfistas que lideram o ranking e aguardavam o anúncio dos convidados para o MEO Rip Curl Pro Portugal, já foram completadas. O português Miguel Blanco vai enfrentar o número 1 do Jeep Leaderboard, Gabriel Medina, e o francês Joan Duru, vice-campeão na final com o potiguar Italo Ferreira em Supertubos no ano passado. Essa é a sexta bateria da primeira fase e outro português, Vasco Ribeiro, foi para a quinta, do vice-líder Filipe Toledo e do havaiano Ezekiel Lau. A quarta, encabeçada pelo sul-africano Jordy Smith, número 3 do ranking, foi completada pelo jovem americano Crosby Colapinto.
Para entrar no seleto grupo de apenas cinco surfistas que conseguiram três títulos mundiais no circuito iniciado em 1976, a condição mínima para Gabriel Medina é chegar na final do MEO Rip Curl Pro Portugal. Ele já conseguiu isso duas vezes na carreira, em 2012 quando perdeu a decisão para Julian Wilson e em 2017, derrotando o mesmo australiano. São duas combinações de resultados possíveis para sacramentar o tricampeonato antecipado, antes mesmo do Billabong Pipe Masters, que fecha a temporada em dezembro no Havaí.
O título pode ser garantido com a simples classificação de Medina para a grande final em Supertubos, desde que o também paulista Filipe Toledo não tenha passado da terceira fase, o potiguar Italo Ferreira não conseguido chegar nas oitavas de final (9.o lugar) e nem o sul-africano Jordy Smith e o californiano Kolohe Andino nas semifinais (3.o). Caso conquiste sua segunda vitória em Portugal, Medina festejará o tricampeonato se Filipe não tiver chegado nas oitavas de final, nem Italo nas semifinais e Jordy ou Kolohe não serem o outro finalista.
“Eu sei que posso conquistar o título aqui, mas não estou focando nisso”, confessou Gabriel Medina. “Eu só quero me concentrar em cada bateria e focar em vencer este evento. Eu comecei o ano um pouco devagar e as coisas começaram a melhorar depois de J-Bay (vitória na África do Sul). Mas, eu sempre começo cada evento do zero, sem pensar se venci o anterior, ou como estou no ranking. Todos começam cada evento no mesmo ponto de partida e estou feliz por estar de volta aqui, com minha família, então espero que seja um ótimo evento”.
TETRACAMPEONATO – Enquanto Gabriel Medina tenta seu terceiro título mundial, a havaiana Carissa Moore está até mais próxima do tetracampeonato. Ela pode conseguir isso já nas semifinais, desde que a vice-líder, Lakey Peterson, não tenha passado nenhuma bateria em Supertubos, a também californiana Caroline Marks não seja uma das finalistas e a australiana Sally Fitzgibbons não vença o MEO Rip Curl Pro Portugal. A cearense Silvana Lima é uma das adversárias da estreia de Carissa Moore na terceira bateria, completada por outra havaiana convidada para esta etapa, Alana Blanchard.
Carissa foi a vencedora da última vez que o CT feminino passou por Peniche em 2010. Se repetir o feito, garante o título antes da última etapa na Ilha de Maui, Havaí, se Lakey Peterson não tiver chegado nas semifinais. A havaiana também pode confirmar o tetracampeonato antecipado com a classificação para a grande final, desde que Lakey tenha perdido antes das quartas de final e Caroline Marks não vença o campeonato.
“Estou superanimada por estar de volta à Peniche”, disse Carissa Moore. “Quando estávamos na França, procurei no Youtube o último evento que tivemos aqui para relembrar e foi muito bom. Não só eu, mas acho que todas as meninas estão felizes em voltar a ter uma etapa aqui. Eu estou tentando não pensar muito na corrida pelo título, mas é muito especial estar nesta posição. Sei que ainda há trabalho para ser feito, por isso vou tentar o meu melhor”.
Enquanto Carissa tenta mais um título mundial, a cearense Silvana Lima busca dois objetivos nesta reta final da temporada, conseguir entrar no grupo das dez primeiras do ranking que são mantidas na elite para o ano que vem e a vaga para as Olimpíadas de Tokyo 2020 no Japão. Ela está em 12.o lugar no ranking e precisa chegar nas quartas de final em Portugal para superar a pontuação atual da última colocada no G-10, a costa-ricense Brisa Hennessy.
VAGAS NAS OLIMPÍADAS – Já a batalha pela vaga nas Olimpíadas é contra a neozelandesa Paige Hareb, que está em 16.o no ranking e tem que chegar nas semifinais para ultrapassar os atuais 22.020 pontos da Silvana. Já a gaúcha Tatiana Weston-Webb, em oitavo lugar, está praticamente garantida para a estreia do surfe nos Jogos Olímpicos, assim como Gabriel Medina. Entre os homens, a disputa da segunda vaga do Brasil pelo ranking da World Surf League, está bem acirrada entre o vice-líder do ranking, Filipe Toledo, e Italo Ferreira, quarto colocado. Ambos já têm vitórias em Supertubos e Italo defende o título conquistado no ano passado, quando deixou Medina nas semifinais e derrotou o francês Joan Duru na decisão.
O MEO Rip Curl Pro Portugal será transmitido ao vivo de Peniche pelo www.worldsurfleague.com e pelo Facebook Live e pelo aplicativo da World Surf League. No Brasil, os canais ESPN também vão passar toda a competição ao vivo de Portugal, onde o fuso horário é de 4 horas a mais do Brasil. A primeira chamada da quinta-feira foi marcada para as 9h00 em Peniche, serão 5h00 da madrugada no Brasil.
Aracaju (SE), 16 de outubro de 2019
Fonte: João Carvalho – WSL Latin America