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Mulheres em Alto Nível

Já passaram mais de nove décadas desde que o surf começou a ser praticado por mulheres. Algumas valentes, como Marge Calhoun, mãe do surf moderno, derrubou a história para abrir as portas a milhões de amantes deste desporto. Calhoun chegou a ser incluída na lista da fama do surf em Hunfington Beach, pelo seu aparecimento em diferentes filmes relacionados ao surf. Outros ícones do surf feminino como Isabel Letham (1899-1995), considerada por muitos como a primeira mulher a subir em uma prancha de surf em 1915 em Sydney. Ou Mary Ann Hawkins (1919-1993), a surfista mais destacada dos anos 40 com três vitórias consecutivas no Coast Women’s Surfboard Championships. Não podemos esquecer Margo Oberg (1977), a primeira mulher a dedicar-se profissionalmente ao surf e Rell Sunn (1950-1998), uma das mulheres mais influentes durante o século XX e uma das fundadoras da “Associação Feminina de Surf profissional”.

Até então o surf feminino tinha um destaque muito insignificante, podemos dizer que essa categoria de atletas não era levada a sério como a categoria masculina. Em  2014, quando a Associação de Surfistas Profissionais (ASP) se tornou conhecida como World Surf League (WSL), que tudo começou a mudar. O circuito profissional feminino, que até agora estava totalmente abandonado, começou a ser visto com diferentes olhos pelo conselho e pelos patrocinadores.

Imagem: Surf Aos 50

Uma vez que a ASP foi absorvida pela WSL, foram introduzidas importantes mudanças para as mulheres como a inclusão da categoria feminina num maior número de competições e a distribuição igual de prémios.

Uma das primeiras mudanças para melhorar a qualidade do circuito feminino foi mudar o local de celebração da prova de França para a zona de Hossegor, permitindo surfar ondas melhores ao longo da temporada. Além disso, finalmente, podemos ver incluídos no seu calendário torneios da importância de Fiji, Maui e Trestles, todos de classe mundial.

Mas, sem dúvida, a decisão mais importante e que mudaria a direção da competição feminina foi a igualdade dos prémios entre homens e mulheres. Desde 2014, a WSL distribuiu a mesma quantidade de dinheiro para ambos os sexos. Anteriormente, os homens recebiam o dobro, 12.500 USD exatamente, em comparação com os 6.668 USD para as mulheres. Hoje, ambos recebem o valor de 15.306 USD.

Todas essas mudanças foram o impulso definitivo que precisava o tour feminino para obter maior participação e atrair patrocinadores. Já se passaram quatro anos desde que decidiram tomar estas medidas, e podemos dizer que a competição ganhou qualidad as mulheres deram um salto no nível de surf e de profissionalismo. Sem dúvida que a presença feminina no tour deu maior brilho ás competições. As  mulheres brasileiras que se destacam no tour WQS, Silvana Lima (2 títulos) Jacqueline Silva (2 títulos) Maria Tavares (1 título).

Imagem: Surf Aos 50

Existem outros eventos de surf importantes que as mulheres já estão dando o ar da sua graça, como os campeonatos de ondas grandes. Este evento, até 2016, estava reservado exclusivamente para o gênero masculino. No ano de 2017 a surfista havaina Keala Kennelly conseguiu levar o sexo feminino ao topo. Conquistando o primeiro lugar no “WSL Big Wave Award” depois de realizar um tubo impecável em Teahupoo.

Fonte: Surfando Aos 50 / Jorge Passos CREF 000830-G/BA

Publicado: 27/04/2020

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