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Aumenta a expectativa para a decisão dos títulos mundiais de 2021 no Rip Curl WSL Finals em Trestles

As previsões vão se confirmando e a expectativa é de que a decisão dos títulos mundiais de 2021 no Rip Curl WSL Finals aconteça nos próximos dias em San Clemente, na Califórnia, Estados Unidos. O swell já deve encostar em Lower Trestles neste domingo e o “Yellow Alert” pode ser acionado para a batalha entre os top-5 e as top-5 do ranking ser travada na segunda, terça ou quarta-feira. No sábado, as ondas ainda estavam pequenas e uma nova chamada foi marcada para as 7h30 do domingo na Califórnia, 11h30 no Brasil, ao vivo pelo www.worldsurfleague.com.

“Tem até um valinha de ondas divertidas, mas não teremos competição hoje (sábado)”, disse a vice-presidente de circuitos e competições da World Surf League, Jessi Miley-Dyer. “Pela previsão, hoje é o menor dia de ondas, mas dá para fazer um freesurf legal ali. Parece que o mar começa a subir a partir de amanhã (domingo) e segunda e terça-feira prometem ser os melhores dias de ondas deste swell (ondulação). A previsão está fantástica, teremos ótimas condições e tudo indica que faremos o evento na segunda ou terça-feira”.

Gabriel Medina (Foto: Thiago Diz/World Surf League)

Os brasileiros são favoritos para conseguir o pentacampeonato mundial na estreia deste novo formato para definir os campeões da temporada, que está sendo inaugurado pela World Surf League no Rip Curl WSL Finals. Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo encabeçam o ranking e os três tentam feitos inéditos para as suas carreiras. O do Medina é entrar no seleto grupo de apenas cinco surfistas que conquistaram três títulos mundiais, Kelly Slater, Mark Richards, Tom Curren, Andy Irons (in memoriam) e Mick Fanning. O do Italo é ser o primeiro brasileiro bicampeão mundial consecutivo. E o do Filipe é conseguir seu primeiro título.

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Dos três, Filipe Toledo é o que possui o melhor retrospecto nas ondas de Lower Trestles. Ele mora em San Clemente e conhece muito bem as diferentes condições do mar desta praia. Filipe ganhou as últimas etapas da World Surf League disputadas em Trestles. A do Championship Tour em 2017 terminou em uma dobradinha brasileira com Silvana Lima, depois de ficar nas semifinais em 2016 e 2015. E neste ano de 2015, tinha vencido a última etapa do WSL Qualifying Series lá realizada, com status QS 10000.

Filipe Toledo com sua lycra de número 3 do ranking (Foto: Thiago Diz/World Surf League)

Filipe é filho do bicampeão brasileiro Ricardo Toledo, que conquistou os títulos nos anos que seus filhos nasceram, o Matheus em 1991 e o Filipe em 1995. Em suas veias corre sangue de campeão e Filipe é quase imbatível em finais. Ele ganhou 10 das 13 que disputou, com uma incrível invencibilidade nas sete primeiras, três em 2015, duas em 2017 e duas em 2018, quando foi bicampeão do Oi Rio Pro no Brasil e na etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul. Mas, neste ano de 2018, perdeu a invencibilidade para Gabriel Medina, na estreia do Surf Ranch no calendário do WSL Championship Tour.

Em 2019, perdeu a decisão do Rip Curl Pro Bells Beach para John John Florence na Austrália e voltou a ser derrotado por Medina no Surf Ranch, mas festejou o tricampeonato no Oi Rio Pro com uma campanha impressionante desde que a etapa mudou para Saquarema. Em três anos na “Capital Nacional do Surf”, só perdeu uma bateria na Praia de Itaúna, mas venceu todas as 13 disputadas nas ondas da Barrinha, onde conseguiu a última das 12 notas 10 da sua carreira no CT. Se em Saquarema, ele venceu 93% das baterias, em Lower Trestles o índice é igualmente impressionante, 73% ganhando 16 das 22 disputadas em 5 participações no CT de San Clemente.

Filipe Toledo tricampeão do Oi Rio Pro em Saquarema (Foto: Damien Poullenot / WSL)

Agora em 2021, Filipe voltou a mostrar seu apetite por vitórias em finais e ganhou as duas que disputou, em Margaret River numa dobradinha brasileira com Tatiana Weston-Webb na Austrália e, finalmente, derrotou Gabriel Medina no Surf Ranch, na terceira final entre eles nas melhores ondas artificiais do mundo. Esta vitória lhe garantiu o terceiro lugar no ranking, mas Medina continua sendo seu pior adversário desde que entrou no CT em 2013, só superando o bicampeão mundial em 3 dos 10 confrontos que se enfrentaram.

DECISÃO DOS TÍTULOS – Ele terá que repetir o que fez no Surf Ranch para conseguir o tão desejado título mundial esse ano. Para chegar na decisão do Rip Curl WSL Finals, Filipe Toledo primeiro terá que passar pelo vencedor do duelo entre o quarto e quinto do ranking, o californiano Conner Coffin e o australiano Morgan Cibilic. Depois, pelo atual campeão mundial e primeiro medalhista de ouro da história do surfe nas Olimpíadas, Italo Ferreira. Por ser o líder do ranking, Gabriel Medina só entra na decisão do título, que será disputada em uma melhor de três baterias.

Os troféus de campeões mundiais da World Surf League (Foto: Pat Nolan/World Surf League)

Na categoria feminina, a gaúcha Tatiana Weston-Webb é a esperança de um primeiro título mundial do Brasil entre as mulheres. A última a chegar perto de conseguir esse feito foi Silvana Lima, vice-campeã em 2008 e 2009. Essa foi a primeira vez que Tatiana terminou em segundo lugar no ranking. Ela vai disputar a vaga para enfrentar Carissa Moore na decisão do título, também em uma melhor de três baterias, contra quem passar do confronto entre Sally Fitzgibbons e a vencedora do duelo entre Stephanie Gilmore e Johanne Defay, que vai abrir o Rip Curl WSL Finals nas ondas de Lower Trestles.

TRANSMISSÃO AO VIVO – O Rip Curl WSL Finals fecha o World Surf League Championship Tour 2021 com o patrocínio da Rip Curl, Jeep, Red Bull, Super 73, Shiseido, Oakley, DraftKings, Michelob ULTRA, IKEA, Expedia, Sambazon, Flying Embers e Waterloo. A decisão dos títulos mundiais de 2021 acontecerá em um único dia, no que tiver as melhores ondas em Lower Trestles no período do evento, que será transmitido ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo YouTube e aplicativo da World Surf League e pelos canais da ESPN Brasil.

COVID-19 – A saúde e segurança dos atletas, do staff da WSL e da comunidade local, são de extrema importância para a World Surf League, que tem trabalhado em estreita colaboração com as autoridades locais, para implementar um robusto protocolo, com testes constantes de todos, mantendo distanciamento físico e com limitação de pessoas no local do evento.

Mais informações disponíveis em WorldSurfLeague.com

Fonte: João Carvalho / WSL Latin America

Publicado: 11/09/2021

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