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Samuel Pupo voa alto para ganhar a maior nota do Quiksilver Pro France

Uma verdadeira maratona foi realizada no WSL Challenger Series da França na quarta-feira, com 39 baterias acontecendo simultaneamente em dois locais da praia de Les Culs Nus, em Hossegor. Foram completadas as duas primeiras fases e nove brasileiros e um peruano estão entre os 24 classificados para disputar vagas para as oitavas de final do Quiksilver Pro France. Samuel Pupo se destacou com um aéreo incrível, que arrancou a maior nota do evento, 9,43. Mas, no Roxy Pro não sobrou nenhuma sul-americana nas quartas de final já definidas. A primeira chamada da quinta-feira para as duas categorias, será as 8h00 na França, 3h00 da madrugada no Brasil, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.

São tantos brasileiros que continuam na disputa do título do Quiksilver Pro France, que uma bateria da terceira fase ficou 100% verde-amarela, com os paulistas Jessé Mendes, Marcos Correa e Edgard Groggia, disputando duas vagas para as oitavas de final. Outras duas terão participação dupla. Na quinta, estão Yago Dora e Lucas Silveira, com Carlos Munoz, da Costa Rica. Na seguinte, entram João Chianca e Mateus Herdy com o espanhol Aritz Aranburu. Samuel Pupo está sozinho na sétima bateria, assim como Alex Ribeiro na primeira e o peruano Lucca Mesinas na quarta das oito baterias que definirão os duelos das oitavas de final.

A maratona da quarta-feira também esquentou a batalha pelas vagas no grupo dos 12 surfistas que o ranking do Challenger Series classifica para a elite do World Surf League Championship Tour 2022. Dos que chegaram na França dentro do G-12, restaram apenas dois, o brasileiro João Chianca e o australiano Callum Robson. Então, a porta está aberta e sete surfistas podem entrar na zona de classificação para o CT 2022, se passarem para as oitavas de final do Quiksilver Pro, os brasileiros Samuel Pupo e Lucas Silveira, o peruano Lucca Mesinas, os australianos Dylan Moffat, Jacob Willcox, Jordan Lawler e o costa-ricense Carlos Munoz.

Samuel Pupo (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

O atual campeão sul-americano da WSL Latin America, João Chianca, completou uma dobradinha brasileira vencida por Mateus Herdy, na bateria que abriu a quarta-feira em Hossegor. Os dois já barraram um integrante do G-12 nessa, o americano Cole Houshmand, além do japonês Shuji Nishi. O líder Ezekiel Lau, do Havaí, campeão da etapa de Portugal no domingo passado, bem como o número 4 do ranking, Nat Young, dos Estados Unidos, também perderam nessas baterias da primeira fase ainda.

O atual campeão sul-americano da WSL Latin America, João Chianca, completou uma dobradinha brasileira vencida por Mateus Herdy, na bateria que abriu a quarta-feira em Hossegor. Os dois já barraram um integrante do G-12 nessa, o americano Cole Houshmand, além do japonês Shuji Nishi. O líder Ezekiel Lau, do Havaí, campeão da etapa de Portugal no domingo passado, bem como o número 4 do ranking, Nat Young, dos Estados Unidos, também perderam nessas baterias da primeira fase ainda.

Na segunda rodada caíram mais quatro. O primeiro foi o americano Nolan Rapoza, na bateria vencida por Alex Ribeiro. O havaiano dono da única nota 10 do ano no WSL Challenger Series, Imaikalani Devault, ficou em último no confronto que Jessé Mendes se classificou em segundo lugar. Os outros dois foram barrados em duas dobradinhas brasileiras, o norte-americano vice-líder do ranking, Jake Marshall, na do Yago Dora com Mateus Herdy, e o australiano Liam O´Brien, na disputa vencida por João Chianca com Lucas Silveira passando em segundo lugar. “Hoje foi um dia desafiador, bem longo de competição. Acordei muito cedo para surfar na primeira bateria do dia e avancei junto com o Mateus (Herdy). Então, nessa tentei buscar o máximo de oportunidades para vencer, que é um ótimo jeito de terminar o dia”, disse João Chianca, que foi perguntado sobre a vaga no CT. “Não gosto de falar muito sobre isso. Tento ficar focado no presente e nem estou pensando muito em ranking, só mesmo em bateria por bateria, buscando um bom resultado aqui em Hossegor. Depois tem Haleiwa e o Havaí é o meu lugar preferido no mundo, então seria um sonho conseguir minha vaga lá”.

João Chianca (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

VAGAS NO G-12 – Quatro surfistas entrariam no G-12 se passassem suas baterias desta segunda fase, que fechou a longa quarta-feira em Hossegor. No entanto, o único que conseguiu foi o australiano Dylan Moffat, no confronto vencido pelo brasileiro Edgard Groggia. Os outros eram o norte-americano Michael Dunphy e os brasileiros Thiago Camarão e Alejo Muniz. Mas, a porta do G-12 continua escancarada e Samuel Pupo é um dos brasileiros com chances de entrar se avançar para as oitavas de final do Quiksilver Pro France.

Ele ganhou as duas baterias que disputou na quarta-feira, sempre usando os aéreos como arma mortal para liquidar seus oponentes. Na primeira, o peruano Alonso Correa estava bem perto do G-12 e acabou eliminado pelo havaiano Eli Hanneman. Depois, Samuca competiu na penúltima bateria do dia e achou uma boa direita que formou a rampa para ele voar muito alto, fazer o giro completo no ar sem botar as mãos na prancha e aterrissar com perfeição na base da onda. Os juízes premiaram o alto risco do seu aéreo com a maior nota do Quiksilver Pro France, 9,43. “Realmente, esse aéreo foi muito bom, mas, apesar de ter sido bem alto, eu não sabia como ele seria julgado, então fiquei muito feliz pela nota que eu recebi”, disse Samuel Pupo, que nunca tinha competido em Hossegor. “Eu já vim aqui algumas vezes para surfar, então sei como a onda funciona e estava até parecido com as que eu surfo em casa (Maresias-SP). As condições mudam muito rápido aqui, mas deu boas ondas nas minhas baterias, estou feliz por ter passado e já estou pronto para a próxima”.

Samuel Pupo (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

E a próxima já pode colocar seu nome na zona de classificação para o CT 2022. Samuel Pupo vai enfrentar um concorrente direto por vaga no G-12, Jordan Lawler, além do também australiano Wade Carmichael, que fez parte da elite esse ano e tenta garantir sua permanência pelo ranking do WSL Challenger Series. É a mesma situação do paulista Alex Ribeiro, que vai abrir a batalha por vagas nas oitavas de final do Quiksilver Pro France com um integrante do G-12, Callum Robson, da Austrália, e com Beyrick De Vries, da Holanda.

MAIORIA BRASILEIRA – A maioria brasileira no WSL Challenger Series da França permanece. O Brasil já formava o maior pelotão entre os 96 participantes de 19 países no Quiksilver Pro France, com 21 inscritos. Na segunda fase, ficaram 16 nações e a maioria foi do Brasil, com 13 surfistas vencendo seis baterias, três passando em segundo lugar e apenas quatro sendo eliminados. A grande surpresa da quarta-feira, foi que não sobrou nenhum havaiano e nenhum norte-americano, entre os classificados para a terceira fase. Então, o caneco de campeão do Quiksilver Pro France irá para um país diferente das outras duas etapas do WSL Challenger Series 2021. No US Open of Surfing, as vitórias foram norte-americanas de Griffin Colapinto e Caitlin Simmers. E em Portugal, só deu Havaí no pódio, com Ezekiel Lau e Luana Silva levando os títulos do MEO Vissla Pro Ericeira. Na França, nove dos 24 que seguem na briga são do Brasil, contra seis da Austrália, dois da França e mais sete países têm um surfista cada, o Peru, Japão, Portugal, Espanha, Holanda, Taiti e Costa Rica.

Mateus Herdy (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

RECORDISTA DE PONTOS – Um forte candidato ao título do Quiksilver Pro France é o top do CT 2021, que já está garantido na “seleção brasileira da WSL” em 2022, Yago Dora. O catarinense estreou na terça-feira fazendo o maior placar do evento e ninguém superou os 15,57 pontos que ele atingiu com seus aéreos nas esquerdas de Les Culs Nus. Na quarta-feira, Yago participou de uma bateria com participação tripla do Brasil e dessa vez voou nas direitas para manter a invencibilidade. Mateus Herdy passou junto com ele, eliminando Weslley Dantas e o vice-líder do ranking, Jake Marshall, dos Estados Unidos.

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“Eu fiquei triste por esse evento não estar fazendo parte do CT e eu gosto muito de vir para cá. Gosto da vibe das pessoas, do lugar e das ondas daqui. Eu queria muito que tivesse essas bancadas perfeitas onde eu moro no Brasil e estou feliz por estar passando as baterias, pois assim posso surfar mais vezes aqui”, disse Yago Dora. “O nível de talentos nessa minha bateria hoje é absurdo. É por isso que eu vim competir aqui, pois serve como preparação para a próxima temporada. Também fico feliz pelo Mateus (Herdy) ter passado junto comigo. Ele é tipo um irmãozinho pra mim, então vamos pra próxima”.

Yago Dora (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

ROXY PRO FRANCE – No Roxy Pro France, foram realizadas duas rodadas completas na quarta-feira, já definindo as quartas de final dessa terceira etapa do WSL Challenger Series 2021. As três sul-americanas que tinham passado para a segunda fase na terça-feira, foram eliminadas. A peruana Daniella Rosas terminou em 17.o lugar no evento, marcando 2.000 pontos no ranking, enquanto a brasileira Summer Macedo e a equatoriana Dominic Barona, ficaram empatadas em 25.o lugar, recebendo 1.800 pontos.

A batalha pelas seis vagas para o World Surf League Championship Tour 2022 também centralizou as emoções na quarta-feira. Das seis surfistas que chegaram na França dentro do G-6, três ficaram na primeira fase, a líder Gabriela Bryan, a também havaiana Luana Silva e a espanhola Ariane Ochoa. A francesa Pauline Ado caiu na quarta-feira e apenas duas chegaram nas quartas de final, Brisa Hennessy, da Costa Rica e Caitlin Simmers, dos EUA.

VAGAS NO G-6 – Outras três já começam a brigar por vagas dentro do G-6, a francesa Vahine Fierro, a norte-americana Alyssa Spencer e a australiana Molly Picklum. Mas, a disputa está tão acirrada no ranking feminino, que qualquer uma das surfistas das quartas de final, pode entrar na zona de classificação para o CT 2022 no Roxy Pro France. Até a jovem norte-americana Sawyer Lindblad, que fez os recordes da quarta-feira entre as meninas, atingindo 16,90 pontos com as notas 8,50 e 8,40 da vitória sobre a portuguesa Carolina Mendes nas oitavas de final.

Sawyer Lindblad (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

Sawyer Lindblad também vai abrir as quartas de final, enfrentando a australiana Dimity Stoyle. Na segunda bateria, Brisa Hennesy defende a vice-liderança do ranking contra a americana Alyssa Spencer. A terceira será um confronto australiano, entre India Robinson e Molly Picklum, que barrou a francesa top do CT, Johanne Defay. E a briga pela última vaga nas semifinais, será entre a americana Caitlin Simmers e a francesa Vahine Fierro.

TRANSMISSÃO AO VIVO – O Quiksilver Pro e o ROXY Pro France estão sendo transmitidos ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo aplicativo da WSL, lembrando que o fuso horário é de 5 horas a mais do Brasil, então 8h00 na França são 3h00 da madrugada no Brasil. Esta terceira etapa do WSL Challenger Series 2021 é móvel e pode acontecer nas praias de Hossegor, Capbreton, Seignosse, Landes e Nouvelle-Aquitane.

PRÓXIMAS BATERIAS DO WSL CHALLENGER SERIES DA FRANÇA:

TERCEIRA FASE DO QUIKSILVER PRO FRANCE:

—-1.o e 2.o=Oitavas de Final e 3.o=17.o lugar com US$ 2.000 e 2.000 pontos

1.a: Callum Robson (AUS), Alex Ribeiro (BRA), Beyrick De Vries (HOL)

2.a: Connor O´Leary (AUS), Jacob Willcox (AUS), Maxime Huscenot (FRA)

3.a: Jessé Mendes (BRA), Edgard Groggia (BRA), Marcos Correa (BRA)

4.a: Kanoa Igarashi (JPN), Lucca Mesinas (PER), Dylan Moffat (AUS)

5.a: Yago Dora (BRA), Lucas Silveira (BRA), Carlos Munoz (CRI)

6.a: João Chianca (BRA), Mateus Herdy (BRA), Aritz Aranburu (ESP)

7.a: Wade Carmichael (AUS), Samuel Pupo (BRA), Jordan Lawler (AUS)

8.a: Frederico Morais (PRT), Michel Bourez (TAH), Jorgann Couzinet (FRA)

QUARTAS DE FINAL DO ROXY PRO FRANCE:

—-Derrota=5.o lugar com US$ 3.500 e 5.000 pontos

1.a: Dimity Stoyle (AUS) x Sawyer Lindadas (EUA)

2.a: Brisa Hennessy (CRI) x Alyssa Spencer (EUA)

3.a: Molly Picklum (AUS) x India Robinson (AUS)

4.a: Caitlin Simmers (EUA) x Vahine Fierro (FRA)

RESULTADOS DOS SUL-AMERICANOS NO QUIKSILVER PRO FRANCE:

SEGUNDA FASE – 3.o=25.o lugar ($ 1.500 e 750 pts) e 4.o=37.o lugar ($ 1.000 d 650 pts):

1.a: 1-Alex Ribeiro (BRA), 2-Jacob Willcox (AUS), 3-Nolan Rapoza (EUA), 4-Marco Mignot (FRA)

3.a: 1-Connor O´Leary (AUS), 2-Callum Robson (AUS), 3-Caio Ibelli (BRA), 4-Thiago Camarão (BRA)

4.a: 1-Marcos Correa (BRA), 2-Lucca Mesinas (PER), 3-Rio Waida (IDN), 4-Joshua Burke (BRB)

5.a: 1-Edgard Groggia (BRA), 2-Dylan Moffat (AUS), 3-Joan Duru (FRA), 4-Kalani Ball (AUS)

6.a: 1-Kanoa Igarashi (JPN), 2-Jessé Mendes (BRA), 3-Ramzi Boukhiam (MAR), 4-Imaikalani Devault (HAV)

7.a: 1-Yago Dora (BRA), 2-Mateus Herdy (BRA), 3-Jake Marshall (EUA), 4-Weslley Dantas (BRA)

8.a: 1-João Chianca (BRA), 2-Lucas Silveira (BRA), 3-Liam O´Brien (AUS), 4-Cody Young (HAV)

10.a: 1-Wade Carmichael (AUS), 2-Michel Bourez (TAH), 3-Crosby Colapinto (EUA), 4-Alejo Muniz (BRA)

11.a: 1-Samuel Pupo (BRA), 2-Jorgann Couzinet (FRA), 3-Mason Ho (HAV), 4-Barron Mamiya (HAV)

PRIMEIRA FASE – 3.o=49.o lugar (US$ 775 e 400 pts) e 4.o=73.o lugar ($ 600 e 350 pts):

———–resultados da quarta-feira:

14: 1-Mateus Herdy (BRA), 2-João Chianca (BRA), 3-Cole Houshmand (EUA), 4-Shuji Nishi (JPN)

16: 1-Liam O´Brien (AUS), 2-Weslley Dantas (BRA), 3-Willian Cardoso (BRA), 4-Marc Lacomare (FRA)

17: 1-Carlos Munoz (CRI), 2-Michel Bourez (TAH), 3-Keanu Asing (HAV), 4-Miguel Tudela (PER)

19: 1-Alejo Muniz (BRA), 2-Aritz Aranburu (ESP), 3-Victor Bernardo (BRA), 4-Wiggolly Dantas (BRA)

20: 1-Wade Carmichael (AUS), 2-Ian Gentil (HAV), 3-Mihimana Braye (FRA), 4-Luel Felipe (BRA)

22: 1-Samuel Pupo (BRA), 2-Eli Hanneman (HAV), 3-Alonso Correa (PER),4-Billy Kemper (HAV)

RESULTADOS DO ROXY PRO FRANCE NA QUARTA-FEIRA:

OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 2.750 e 3.500 pontos:

1.a: Sawyer Lindblad (EUA) 16,90 x 11,00 Carolina Mendes (PRT)

2.a: Dimity Stoyle (AUS) 13,00 x 9,50 Kirra Pinkerton (EUA)

3.a: Alyssa Spencer (EUA) 14,70 x 8,54 Tia Blanco (PRI)

4.a: Brisa Hennessy (CRI) 15,43 x 14,27 Macy Callaghan (AUS)

5.a: Molly Picklum (AUS) 14,26 x 11,60 Johanne Defay (FRA)

6.a: India Robinson (AUS) 12,23 x 6,40 Shino Matsuda (JPN)

7.a: Vahine Fierro (FRA) 10,43 x 8,83 Keely Andrew (AUS)

8.a: Caitlin Simmers (EUA) 8,14 x 5,60 Teresa Bonvalot (PRT)

SEGUNDA FASE – Resultados das sul-americanas:

——–3.a=17.o lugar (US$ 2.000 e 2.000 pts) e 4.a=25.o lugar ($ 1.500 e 1.800 pts):

3.a: 1-Alyssa Spencer (EUA), 2-Brisa Hennessy (CRI), 3-Leilani McGonagle (CRI), 4-Dominic Barona (EQU)

7.a: 1-Vahine Fierro (FRA), 2-Teresa Bonvalot (PRT), 3-Sara Wakita (JPN), 4-Summer Macedo (BRA)

8.a: 1-Caitlin Simmers (EUA), 2-Keely Andrew (AUS), 3-Daniella Rosas (PER), 4-Sophie McCulloch (AUS)

Fonte: João Carvalho/WSL Latin America Media Manager

Publicado: 21/10/2021

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