Circuito Banco do Brasil de Surfe abre sua última etapa nesta quinta-feira em Ubatuba
O Circuito Banco do Brasil de Surfe vai abrir a sua terceira e última etapa nesta quinta-feira na Praia de Itamambuca, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. A cidade que revelou vários talentos, como o atual líder do ranking mundial, Filipe Toledo, não sediava um evento do World Surf League (WSL) Qualifying Series há 11 anos. O último aconteceu em 2011, quando muitos surfistas que vão competir esse ano, ainda eram crianças. Quatro representantes desta nova geração, estiveram na Coletiva de Imprensa realizada na quarta-feira em Itamambuca.
O Circuito Banco do Brasil de Surfe estreou esse ano com o conceito de descobrir novos talentos pelo país. A primeira etapa aconteceu em Garopaba (SC) no Sul do Brasil, a segunda em Salvador (BA) no Nordeste e a da Região Sudeste acontece nesta semana em um dos principais palcos do esporte no Brasil. Entre os surfistas da nova geração na Coletiva de Imprensa, os catarinenses Heitor Mueller e Laura Raupp e os ubatubenses Gabriel Klaussner e Nairê Marquez, estava o maior nome do surfe feminino brasileiro, Silvana Lima.
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A cearense por muitos anos representou o Brasil na elite mundial do WSL Championship Tour, foi vice-campeã mundial duas vezes e participou da estreia do surfe nas Olimpíadas de Tóquio no Japão. Silvana venceu o Circuito Banco do Brasil de Surfe da Bahia e divide a liderança no ranking das duas etapas com a campeã da primeira em Santa Catarina, Tainá Hinckel. Quem ficar em primeiro lugar, computando os resultados das três etapas, ganha um convite para participar do único Challenger Series na América Latina esse ano, o Corona Saquarema Pro apresentado pelo Banco do Brasil, que será disputado em novembro em Saquarema.
“Eu acho que é superpositivo a gente ter mais eventos do QS para competir aqui no Brasil. Estou amando ter participado das duas etapas e estar brigando pela vaga para o Challenger de Saquarema. Está eu e a Tainá na briga e estou superfeliz em estar em Ubatuba novamente”, disse Silvana Lima, que é patrocinada pelo BB Asset. “Todo mundo sabe que sou apaixonada em competir e estar com 37 anos ainda ganhando da nova geração, porque as meninas estão surfando muito, me deixa mais motivada para continuar competindo mais e mais. Estou superfeliz por ter ganhado em Salvador e ter entrado na briga por essa vaga, que será decidida aqui em Ubatuba, que é um lugar que tenho boas lembranças”.
As outras meninas que estavam na Coletiva de Imprensa, a surfista que mora bem perto de Itamambuca, Nairê Marquez, bem como a catarinense Laura Raupp, ouviram atentamente o que Silvana Lima falou. Laura é uma das grandes promessas do surfe feminino brasileiro, com apenas 15 anos de idade venceu a primeira etapa do Qualifying Series que disputou em 2021 na Praia Mole de Florianópolis (SC), agora já enfrenta as melhores do mundo representando o Brasil no Challenger Series, a divisão de acesso para a elite do WSL Championship Tour.
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“Eu treinei bastante para o meu primeiro QS da vida e a vitória lá foi importante para me classificar para o Challenger Series, que estou disputando esse ano. Eu, a Sophia Medina e a Summer Macedo, somos as únicas brasileiras e é muito legal o Banco do Brasil estar fazendo esse circuito para botar mais uma integrante na etapa de Saquarema”, disse Laura Raupp.
“O benefício de estar no Challenger Series é competir com as melhores do mundo”, destacou a catarinense. “O nível é muito alto e mês que vem vou para Portugal disputar a quinta etapa. Eu já fui para a Austrália pela primeira vez e para a África do Sul e Califórnia, onde também nunca tinha ido. Está sendo muito legal essa experiência e é muito irado também estar competindo nesse QS aqui”.
Nairê Marquez é uma das representantes de Ubatuba na grande final do Circuito Banco do Brasil de Surfe. Ela só participou da primeira etapa em Garopaba (SC), mas esse ano também já competiu em eventos do Qualifying Series na Argentina, Equador e Chile. “Minha expectativa para esse campeonato é bem alta. Na real, tem muita pressão, porque estou em casa, com a família, amigos, mas estou muito feliz em ter um evento do QS aqui de novo”.
Ela relembrou onde estava em 2011, quando aconteceu a última etapa do QS em Ubatuba. “Eu só tinha 5 anos e ainda morava no Havaí. Lembro que com 5 anos a gente foi pro Chile, aí meu pai tava indo surfar e tinha uma tenda de um campeonato. Pedi ao meu pai que eu queria participar e tava muito frio, era em Punta de Lobos. Usei uma roupa de borracha gigante, peguei uma prancha emprestada, a galerinha pequeninha de 5 anos, consegui ir até o final passando pelas pedras, aí me deram uma medalha de melhor onda do campeonato”.
O ubatubense Gabriel Klaussner também recordou 11 anos atrás: “Eu tinha 6 anos e nem pensava em surfar ainda. Mas, desde criancinha meu pai me colocava em cima da prancha, inclusive aqui no rio de Itamambuca, porque meu pai sempre surfou”. Gabriel é o vice-líder no ranking do Circuito Banco do Brasil de Surfe e está na disputa direta pela vaga para o Challenger de Saquarema com Heitor Mueller. “Estou amarradão de poder estar disputando o título do circuito em casa. Mas, sei que o Heitor (Mueller) surfa muito bem essa onda também. A leitura dele é muito boa e com certeza não vai ser um adversário fácil”.
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Os dois se enfrentaram na semifinal da etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe de Salvador, na Praia de Stella Maris, onde o catarinense conquistou a sua primeira vitória em etapas do WSL Qualifying Series. “Esse ano está sendo muito especial para mim”, disse Heitor Mueller. “Estou me dedicando muito a este esporte que eu amo e acabei ficando em primeiro na etapa de Salvador. Deu altas ondas, a final com o Krystian Kymerson foi bizarra e fiz a semifinal com o Gabriel (Klaussner), que foi animal também. Agora, estamos aqui em Itamambuca e pretendo passar bastante baterias”.
O catarinense Heitor Mueller é de São Francisco do Sul e no último domingo, assumiu a segunda posição no ranking regional da WSL Latin America, classicatório para o Challenger Series de 2023, com um bom resultado nos tubos pesados de El Gringo, em Arica, no Chile. “Foi uma experiência muito boa para mim”, afirmou. “Eu nunca tinha surfado onda de consequência, onda pesada, onda grande, com muito risco. Eu nunca fui pro Havaí ainda, que tem ondas parecidas com as de lá, e acabei ficando em quinto lugar. Realmente, foi uma experiência muito boa mesmo”.
ATIVIDADES EXTRAS – Além da competição, o Circuito Banco do Brasil de Surfe sempre promove várias atividades extras para o público. Foi assim na Praia da Ferrugem em Garopaba, de Stella Maris em Salvador e a programação será repetida na Praia de Itamambuca, com Espaço Kids para as crianças se divertirem e aulas gratuitas de surfe, beach tennis, yoga, entre outras. E em Ubatuba também terá a “Surf Village” com empresas clientes do Banco do Brasil apresentando seus produtos nos estandes montados na arena do evento.
“Investir no surf é remar junto” é o lema do Circuito Banco do Brasil de Surfe, que está sendo realizado com patrocínio do Banco do Brasil e BB Asset Management. Esta terceira e última etapa de 2022 será transmitida ao vivo pelo perfil da WSL Brasil no TikTok e pelo WorldSurfLeague.com. A primeira chamada para iniciar a categoria masculina foi marcada para as 8h00 da quinta-feira na Praia de Itamambuca.
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TOP-5 DO CIRCUITO BANCO DO BRASIL DE SURFE – 2 etapas:
RANKING FEMININO:
1.a: Silvana Lima (BRA) – 1.650 pontos
1.a: Taina Hinckel (BRA) – 1.650 pontos
3.a: Kemily Sampaio (BRA) – 1.150
4.a: Julia Santos (BRA) – 1.000
5.a: Juliana dos Santos (BRA) – 850
RANKING MASCULINO:
1.o: Heitor Mueller (BRA) – 1.200 pontos
2.o: Gabriel Klaussner (BRA) – 1.150
3.o: Messias Felix (BRA) – 1.095
4.o: Santiago Muniz (ARG) – 1.000
5.o: Krystian Kymerson (BRA) – 860
Fonte: João Carvalho – WSL Latin America / Casa do Bom Conteúdo por e-mail