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Etapa brasileira deste ano do Circuito Mundial da WORLD SURF LEAGUE movimentou R$ 73 milhões na economia de Saquarema e do Estado do RJ

A maior estrutura da história já montada para uma etapa brasileira do WSL Championship Tour – e talvez a maior do mundo –, o Oi Rio Pro apresentado por Corona, do CT 2022, realizada pela World Surf League na praia de Itaúna, em Saquarema/RJ, entre os dias 23 e 30 de junho, tem números impressionantes revelados no Relatório de Impacto Econômicoproduzido pela EY (antiga Ernst & Young), empresa líder em consultoria e serviços profissionais. O documento aponta que são vários os benefícios que o evento gerou para a cidade, entre os quais que ele movimentou R$ 73 milhões no município, que houve 100% de ocupação na rede hoteleira.

O Oi Rio Pro apresentado por Corona, oitava etapa do CT, fez jus a toda magnitude que o surfe tem hoje no Brasil, detentor de cinco títulos mundiais no esporte nos últimos sete campeonatos – do tricampeão Gabriel Medina (2014/2018/2021), de Ítalo Ferreira (2019) e de Adriano de Souza (2015) – e que neste ano teve Filipe Toledo vencedor da etapa em Saquarema, atual líder do ranking. A estrutura do evento ocupou 3.100 m² de área construída, em 700 metros de extensão, cuja montagem levou 45 dias e a desmontagem mais 15 dias, envolveu 72 empresas na operação, sendo 16 delas locais, e mais de 500 profissionais (de staff a suporte médico), 228 deles locais. Além disso, o evento teve recorde de marcas patrocinadoras: 23 no total.

Como consequência do estrondoso sucesso do surfe no País, o Oi Rio Pro apresentado por Corona conquistou um público de 40 mil amantes do surfe por dia (45% eram turistas e 55% moradores locais) na praia, gerou 9,1 milhões de visualizações em seu alcance total na tv e streaming e 990 publicações nas redes sociais da WSL.

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“O Estado do Rio de Janeiro se sente honrado em sediar grandes eventos, de alcance mundial, como a etapa brasileira do Campeonato Mundial de Surfe. O surfe é um esporte que une saúde, natureza, alegria e diversão, o que é a cara do Brasil e tem o jeito do povo fluminense. Saquarema é o Maracanã do surfe e o Governo do Estado do Rio de Janeiro fica muito satisfeito em ver um evento dessa magnitude em uma cidade tão representativa para essa modalidade. Todo o impacto positivo gerado tanto para a cidade, quanto para o Estado, seja ele econômico, turístico, esportivo, é fruto de um trabalho de parceria muito bem-feito, baseado em profissionalismo. Que sigamos assim nos próximos anos.”, afirma o secretário de esporte e lazer do Estado do Rio de Janeiro, Alessandro Carracena.

“Fora o bem-estar que ele gera às pessoas, o esporte sempre teve o poder de servir como um leque de oportunidades, tanto no âmbito de negócios quanto no social, independentemente do país ou cidade onde ele esteja presente. E em Saquarema, tradicionalmente conhecida como “a cidade do surfe”, não poderia ter sido diferente. A cidade sempre foi mundialmente conhecida como um polo do esporte, o que contribuiu e muito para a forte presença do público este ano, com ocupação total dos hotéis da região, e os resultados financeiros apontados no relatório”, diz o diretor executivo para o Mercado Esportivo da EY Brasil, Pedro Daniel.

Filipe Toledo abrindo grandes leques de água com a potência do seu backside, nas ondas de Itaúna (Crédito: @WSL / Daniel Smorigo)

“Para nós da WSL esses dados são de extrema importância e ficamos felizes em saber que o Oi Rio Pro apresentado por Corona teve todo esse impacto econômico e socioambiental em Saquarema e no RJ. O mais incrível é ver como o evento reflete em diversos setores, entre esportivo, econômico, social, ambiental, alimentício, além das organizações sem fins lucrativos, e por aí afora”, afirma Ivan Martinho, CEO da WSL Latin America. “Tudo isso atinge diretamente o desenvolvimento da cidade sede do evento e esse investimento retorna para a comunidade, através do legado deixado após a etapa do mundial. Também por isso, todo nosso esforço e esse resultado é motivo de orgulho”, completa.

Impacto financeiro – A maioria dos turistas presentes ao OI Rio Pro apresentado por Corona (72%) eram do próprio Estado do RJ. Desses, 28% são da capital fluminense. Além de outras cidades do Estado, como: Niterói (9%), Araruama (8%) São Gonçalo (5%) e Cabo Frio (4%). Rio Bonito, Maricá e Rio das Ostras foram responsáveis por 2% (cada) dos visitantes.

Dos turistas, 72% ficaram hospedados em Saquarema e preencheram todas as vagas em pousadas, hotéis ou hostels. Os demais 28% ficaram hospedados na capital do Rio e em Araruama. A escolha da hospedagem através de aplicativos liderou a preferência dos turistas.

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Dos 68% de turistas que contrataram algum tipo de serviço em Saquarema, 82% foram relacionados a hospedagem. Locações de veículos e passagens áreas tiveram 6% cada. Além das praias, os turistas também movimentaram os bares e restaurantes locais, sendo a preferência de 58% deles. Os setores de hotelaria e gastronomia, além do comércio, são os mais impactados quando a etapa do mundial ocorre na cidade.

Dos visitantes, 83% foram para Saquarema exclusivamente para acompanhar o campeonato. Desses, 46% acompanharam o evento todo. Saquarema recebeu uma excelente avaliação dos turistas: 64% disseram que a cidade atendeu totalmente às suas expectativas e 29% afirmaram que tiveram suas expectativas superadas.

A pesquisa – Durante os dias de evento da WSL em Saquarema, foram avaliados, através de uma amostra do público, 1.033 entrevistados (44% masculino e 56% feminino), com o foco no perfil do visitante e nos seus principais gastos. Os jovens foram a grande maioria presente no evento: 27% são da chamada geração Z (de 16 a 24 anos), maiores consumidores de conteúdo online. E cada uma das faixas etárias – de 25 a 34 anos, de 35 a 44 anos e de 45 a 59 anos – representaram 22% do público do evento. 6% eram acima de 60 anos.

Dos entrevistados, 47% se consideram fãs de surfe, mas não pegam onda. Esse número representa o grande público consumidor que acompanha a modalidade pelo esporte em si, pelo lifestyle, por causa dos atletas ou pelas marcas envolvidas. Um total de 43% são de surfistas amadores, sendo que 24% desse público acompanha o evento presencialmente todos os anos. O levantamento da EY foi somado a dados da Prefeitura de Saquarema, fornecidos pela Secretaria de Turismo do município.

Segundo recente pesquisa Sponsorlink, do Ibope Repucom, o surfe tem hoje 45,3 milhões de fãs no Brasil – em 2013 esse número era de 14 milhões.

Transmissão da competição – O público que não teve a possibilidade de acompanhar de perto as baterias dessa etapa do CT, pode assistir pelas plataformas de transmissão: ao vivo nos canais da WSL, no site ou pelo aplicativo gratuito, e pela plataforma de mídia do grupo Globo (com transmissão em tempo real pelos Globoplay, Sportv e site, além de transmissões parciais ao vivo na televisão aberta, pela TV Globo). Os números dessas transmissões se destacam:

+30 horas de transmissão ao vivo nos canais SporTV

  • 30 milhões de reais de retorno de mídia para patrocinadores
    2,9 milhões horas assistidas (streaming e tv)
    990 publicações nas plataformas da WSL

As redes sociais foram importantes para a propagação do evento, alcançando um público expressivo. Além da divulgação, 25% souberam da etapa brasileira pelas redes sociais da Prefeitura de Saquarema, 4% pelas mídias de atletas e 14% pelas redes sociais da WSL, que inclusive tem uma penetração indiscutível: +13 mil novos seguidores (Insta), 43 mil seguidores (Twiter), 27 mil inscritos (Youtube), 23M visualizações (Tik Tok).

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Saquarema teve seu pico de procura e menções não só nas redes sociais do evento ou da WSL, como também em buscas. Segundo dados do Google Trends, a cidade teve um expressivo aumento de interesse do público em geral durante os dias da competição. O brasileiro Filipe Toledo, campeão dessa edição, também foi um dos mais buscados no período. Matérias com impacto na imprensa geraram mais de 1.000 artigos. O evento também teve repercussão internacional em sites especializados e em matéria de página inteira, com destaque na capa, do jornal norte-americano The New York Times.

Meio ambiente – Não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, a WSL tem forte preocupação com a preservação do meio ambiente em todos os seus eventos e, também, fora deles. Em Saquarema, a organização teve a assessoria da Boomerang Soluções Ambientais na área de Gerenciamento de Resíduos e uma série de medidas e ações resultaram em 1,2 toneladas de lixo reciclável recolhido.

Iniciativas ambientais envolveram mais de 500 crianças, entre 8 e 13 anos, de 12 escolas, em ações de conscientização, como o plantio de 100 mudas recompondo o ecossistema de restinga da praia de Itaúna. Após a etapa brasileira do CT em Saquarema, mais de 200 mudas nativas foram plantadas. Além disso, a WSL utilizou os resíduos plásticos recolhidos – além do plástico utilizado nas estruturas do evento – para serem transformados em bancos que serão distribuídos pela orla de Saquarema, em um trabalho capitaneado pela ONG Eco Local. Em 2019, a WSL transformou o material em lixeiras que foram espalhadas pela cidade, contribuindo para a limpeza do munícipio.

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Em Saquarema, a WSL implementou uma série de medidas de forma a reduzir o volume de lixo não reciclável gerado, como o uso de copos reutilizáveis por todo o staff, produção e fornecedores, além de evitar o uso de isopor para embalagens e realizar a separação orgânica nas áreas de produção de alimentação. Para gestão desses resíduos, foi usada uma área coberta de 50m2 (Centro de Triagem de Resíduos – CTR), fazendo a devida separação do material reciclável e não reciclável, durante todo o período do evento até sua desmontagem. Todos os resíduos foram enviados à Cooper Rio Oeste – Cooperativa de Coleta Seletiva e Reciclagem de Materiais Reaproveitáveis da Zona Oeste Ltda.

Além disso, parte das estruturas das ativações das marcas parceiras eram feitas com materiais recicláveis, em espaços sustentáveis, com áreas de conscientização e foco para garantir todo o cuidado necessário ao local do evento.

Ações de sustentabilidade sempre estiveram no cerne da WSL. Eliminar plásticos descartáveis de seus principiais eventos, ser neutra na emissão de carbono e deixar cada lugar onde há etapas de seus campeonatos melhor do que o encontrado anteriormente fazem parte de alguns dos compromissos firmados pela WSL, que é pioneira dentre as Ligas esportivas do mundo na batalha contra as mudanças climáticas e a poluição dos oceanos. A WSL e a WSL PURE (organização sem fins lucrativos originada nos escritórios da WSL) idealizaram e organizaram a campanha WE ARE ONE OCEAN, que lançada no início do ano passado e que tem como meta a proteção de 30% dos oceanos até 2030, devido a urgência na conscientização das pessoas em relação à conservação dos mares.

Fonte: In Press Porter Novelli / Casa do Bom Conteúdo por e-mail

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