Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha tem balanço positivo e está confirmado para 2024 na Ilha

Etapa contou com ondas grandes e perfeitas e definiu o campeão sul-americano da WSL

Com um balanço positivo, sobretudo pelas ondas grandes e perfeitas, o Elétron Energy apresenta Hang Loose Pro Contest está confirmado para 2024 e, novamente, em Fernando de Noronha. Quem garante a continuidade do mais tradicional campeonato de surf da América Latina na Ilha no litoral pernambucano é o próprio empresário Álfio Lagnado, que criou o evento em 1986 e hoje é, sem dúvida, um dos maiores, senão o maior, entusiasta da modalidade no Brasil.

A 37ª edição da competição, a 16ª etapa realizada em Noronha, valeu pelo Qualifying Series (QS), garantindo importantes 5 mil pontos no ranking sul-americano da World Surf League (WSL). A vitória foi do campeão mundial pro júnior de 2016, Lucas Silveira, superando o experiente Paulo Moura, e para consagrar a importância do campeonato, foi definido o título continental da WSL Latin America, com o peruano Miguel Tudela.

Os seis dias de disputas na Praia da Cacimba do Padre foram de ondas perfeitas, fora o “day off” com as baterias canceladas, devido às condições de ondas muito grandes, com verdadeiros shows de surf e, novamente, definindo a Ilha como o ‘Havaí brasileiro’. “O campeonato de surf quando tem onda, tudo é lindo. Esse ano foi maravilhoso. Acredito que de todas as edições que fizemos em Noronha, essa foi a melhor de ondas. Sol, tamanho perfeito”, elogiou.

“Noronha é um lugar maravilhoso, que nos recebe super bem, interagimos com o pessoal da Ilha, na parte social, ambiental e cultural. Essa integração que a Hang Loose tem com a Associação e com os surfistas locais é algo muito positivo. Ficamos contentes de estar aqui mais um ano e 2024 estaremos de volta”, anunciou Álfio. “Vamos batalhar para crescer, melhorar ainda mais e manter nossos parceiros”, acrescentou.

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Ele agradeceu e enalteceu a participação da Elétron Energy, pelo segundo ano no campeonato na Ilha, e o Governo de Pernambuco, tanto pelo apoio através da Administração de Noronha, quanto pelo suporte proporcionado pela Lei de Incentivo ao Esporte do Estado, garantindo o patrocinador do campeonato. “A Elétron tem identidade com Pernambuco e apostou no evento mais uma vez pela Lei de Incentivo, sendo uma parceria de sucesso, que esperamos manter em 2024. O Governo sempre apoiou o esporte, entende a importância desse investimento na Ilha e também é responsável por esse sucesso”, reconheceu.

FORA DO MAR – Mas além das performances no mar, o Elétron Energy apresenta Hang Loose Pro Contest manteve suas características de envolvimento e integração total com a comunidade local, como forma de retribuir a sempre boa receptividade encontrada. Foram realizadas ações sociais, ambientais e culturais, valorizando os aspectos regionais.

Em parceria total com a Administração da Ilha e participação, inclusive, da administradora Thallyta Figuerôa, foram realizados o plantio de mudas nativas, com o Econoronha, a oficina de xilogravuras para alunos da escola Arquipélago, com o artista pernambucano Bacaro Borges, que foi o responsável pela arte do cartaz do evento deste ano, e uma palestra para os estudantes da Ilha com a presença de atletas e organizadores do campeonato.

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O Elétron Energy apresenta Hang Loose Pro Contest também promoveu a inclusão social, de uma maneira mais do que especial. Pelo terceiro ano, Thor Moreira, pessoa com síndrome de Down, foi contratado para trabalhar no evento, como “beach marshall”, responsável por entregar as lycras de competição e passar informações aos atletas. “É emocionante ter o Thor com a gente, um funcionário exemplar e nada melhor do que o esporte para promover a inclusão”, afirmou Álfio, que faz questão de participar de todas as iniciativas realizadas durante o evento.

“Já são 16 campeonatos aqui na Ilha, sempre com um astral sensacional, a vibe da Ilha é o que diferencia esse campeonato dos outros, que sempre transcorre em tranquilidade, com os competidores à vontade. O Hang Loose tem a cara da Ilha, interage com a comunidade, que ama o evento. Todos vibram juntos, que acaba culminando nesse sucesso. Integramos o meio ambiente, a cultura, a parte social. Fazemos com carinho e prazer e isso que faz o campeonato ser tão querido na Ilha. Essa é a mensagem que a Hang Loose quer deixar e difundir, além do surf”, ressaltou o empresário.

LOGÍSTICA – A primeira edição do Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha foi realizada em 2000. A ideia foi do empresário Álfio Lagnado, que de lá para cá, já realizou 16 campeonatos no local e sonha em ainda ter uma etapa do Championship Tour (CT), a elite mundial, nas ondas perfeitas da Ilha. Mas para a realização de uma etapa do Mundial de Surf, num local distante 545 quilômetros distante de Recife, o maior desafio é a logística.

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A estrutura para a montagem do centro técnico, onde ficam os juízes e a transmissão, é transportada de barco, da capital pernambucano, numa viagem de três dias, fora o tempo de carregar e descarregar na ilha. Nesse ano, a organização ficou a cargo do Instituto Incentiva, também responsável pela elaboração e captação do projeto da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo de Pernambuco, que garantiu a Elétron Energy como patrocinadora novamente.

“É um grande desafio organizar uma etapa do Mundial de Surf, ainda mais sendo na Ilha de Fernando de Noronha, que fica a mais de 500 km de Recife e todo o transporte de carga pesada tem de ser feita via barco. Temos de pensar em tudo, os profissionais envolvidos, as viagens. Nada pode ser esquecido, porque não temos tempo de trocar. Há, também, a integração com a ilha, com a contratação de mão-de-obra local, até para contribuir com a economia de Noronha”, contou o diretor do Instituto Incentiva, Eduardo Couceiro.

Álfio resume bem o que é fazer um campeonato em Noronha. “Fazer um campeonato numa ilha é muito difícil. Quando a gente chegou aqui em 2000 era muito mais difícil. Melhorou muito, já estamos com uma estrutura muito boa, já temos muitas coisas na Ilha que podemos usar, mas sempre os desafios são a transmissão, logística para trazer tudo de barco. O custo é mais alto, mas vale a pena. Todo o esforço vale a pena. O evento tem a cara da Ilha e todos vibram juntos”, completa o CEO da Hang Loose.

Fonte: FMA Notícias por e-mail.