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WSL Pipe Pro: Samuel e Miguel Pupo foram os melhores entre os brasileiros

Dos oito atletas da Seleção Brasileira de Surf, cinco avançaram no WSL Pipe Pro, enquanto três foram despachados para a repescagem nas ondas de Banzai Pipeline

Após dois dias de paralisação, o Pipe Pro começou nesta quarta-feira (31), em Banzai Pipeline, na Ilha de Oahu do Havaí, apresentando ondas tubulares perfeitas de 6 a 10 pés. A categoria masculina abriu os trabalhos no North Shore, os irmãos Pupo, Yago Dora, o tricampeão Gabriel Medina e o campeão mundial e olímpico Italo Ferreira avançaram direto para o round 3.

Na primeira bateria, Yago Dora disputou com o sul-africano Matthew McGillivray e o estreante norte-americano Kade Matson. McGillivray liderou a bateria com 12,34 pontos nas duas melhores ondas, incluindo a melhor do confronto, 7,17. Yago Dora conquistou a segunda colocação, avançando para o round 3, enquanto o estreante foi encaminhado para a repescagem com uma média de 5,30.

Gabriel Medina utilizou a prioridade na escolha de onda no WSL Pipe Pro 2024. Foto: Brent Bielmann / @WSL

O australiano Callum Robson não deu trégua na segunda bateria, confrontando os brasileiros Gabriel Medina e Deivid Silva, que também retornou ao WSL CT 2024. Callum Robson surfou a melhor onda da bateria, 9,00 pontos, e cravou a maior média, 13,67. Destaque para a disputa acirrada entre Robson e Gabriel Medina. O australiano não perdeu tempo, mostrou-se ativo e surfou as duas primeiras ondas, uma para Pipeline e outra para Backdoor. Na melhor onda, pegou um tubo profundo, saindo na baforada, alcançando a maior nota do dia.

Gabriel Medina no WSL Pipe Pro 2024. Foto: Brent Bielmann / @WSL

Gabriel Medina avançou no WSL Pipe Pro em segundo lugar, somando 12,33 pontos. O tricampeão surfou a segunda melhor onda da disputa, 8,33. Medina estava enérgico, respondeu com dois tubos para Pipe, na segunda onda, conquistou a sua melhor nota. Deivid Silva, ao adotar a estratégia de esperar as melhores ondas, não se encontrou na bancada de corais. Na reta final, conseguiu surfar um tubo curto, mas insuficiente para virar o confronto. Deivid somou 4,64 e foi para a repescagem do evento.

O bicampeão mundial Filipe Toledo no WSL Pipe Pro 2024. Foto: Brent Bielmann / @WSL

Na sexta bateria, os brasileiros Filipe Toledo, bicampeão mundial, e Samuel Pupo enfrentaram o havaiano convidado pela WSL, Shion Crawford. O bicampeão mostrou desconforto no outside nos 30 minutos de disputa, ficando fora de sintonia com as pesadas ondas de Pipeline. No final, surfou duas ondas e somou apenas 1,77 pontos, sendo despachado para a repescagem. Samuel Pupo marcou seu retorno à elite do surfe mundial com radicalidade e habilidade para pegar os bons tubos de Pipeline e Backdoor, avançando na primeira colocação com 13,00 pontos.

Samuel Pupo pegou bons tubos no WSL Pipe Pro 2024. Foto: Brent Bielmann / @WSL

O havaiano Shion Crawford apresentou disposição em enfrentar as pesadas ondas, surfou a melhor e maior onda da disputa para Backdoor, um tubo curto, mas muito profundo, saindo em pé com habilidade e na baforada. Os juízes computaram 8,00 pontos, garantindo a Shion a vaga no round 3 ao avançar em segundo lugar.

Na bateria 7, o tube rider Caio Ibelli não avançou no Pipe Pro. O brasileiro se esforçou na disputa, mas enfrentar o inspirado bicampeão mundial e local de Pipeline, o havaiano John John Florence, não foi tarefa fácil. Jake Marshall, dos Estados Unidos, não deu mole em seu retorno entre os melhores do mundo, apresentando um excelente nível de surfe na primeira prova do mundial e garantindo uma das vagas na terceira fase.

WSL Pipe Pro, realizado em Banzai Pipeline, na Ilha de Oahu, Havaí. Foto: Brent Bielmann / @WSL

John John Florence começou dominando o confronto em Pipeline, pegou um excelente tubo profundo e ao sair em pé, abriu um grande cutback para cravar 8,33 pontos. Na segunda nota, também para Pipe, pegou outro tubo no estilo, com a mão na borda “grab rail” e saiu limpo, somando mais 6,87. O bicampeão avançou em primeiro lugar e conquistou a maior média do dia na primeira fase, 15,20 pontos.

Caio Ibelli estava concentrado na disputa, surfou bons tubos, mas não conseguiu sair de alguns na primeira parte da bateria. Na melhor onda, para Pipeline, colocou pra dentro do tubo com estilo e andou profundo, ao sair abriu um grande cutback para finalizar. Os juízes pontuaram 7,50, mas o brasileiro não conseguiu trocar a segunda nota, 2,33 pontos, sendo despachado para a repescagem.

Na última bateria do round 1, os brasileiros Miguel Pupo e o campeão mundial Italo Ferreira deram um show de surf em Banzai Pipeline. Ambos avançaram para o round 3 exibindo excelentes apresentações ao surfarem os potentes tubos de Pipeline.

Miguel Pupo concentrado no WSL Pipe Pro 2024. Foto: Brent Bielmann / @WSL

Miguel Pupo, não desperdiçou a chance ofertada pela WSL para a temporada 2024, iniciou surfando as duas melhores ondas (7,60 + 6,50) para vencer pelo placar de 14,10 pontos, uma marca excelente para o primeiro dia de competição.

Italo Ferreira mostrou disposição para assegurar a segunda colocação em uma disputa direta com o australiano Jacob Willcox, que ficou em último e foi despachado para a repescagem. O potiguar alcançou 12,10 pontos, surfando bons tubos para Pipe. No primeiro, apresentou técnica apurada para sair em pé e na forte baforada da onda (6,00), e no segundo, surfando mais embaixo da bancada, botou pra dentro para assegurar a vitória (6,10).

O campeão mundial Italo Ferreira no WSL Pipe Pro 2024. Foto: Brent Bielmann / @WSL

A janela de competição do WSL Pipe Pro começou no dia 29 de janeiro. O prazo para o término da primeira etapa do WSL CT 2024 será no próximo dia 10 de fevereiro. O evento está sendo transmitido ao vivo, confira mais informações, clique aqui.

Confira as 12 baterias do primeiro round do WSL Pipe Pro, apresentados pela WSL Latin America:

1º e 2º lugares avançam para round 3 e 3º lugar disputa a repescagem

1ª Bateria

Matthew McGillivray (AFR): 12.34 pontos

Yago Dora (BRA): 9.00

3º Kade Matson (EUA): 5.30

2ª Bateria

Callum Robson (AUS): 13.67

Gabriel Medina (BRA): 12.33

3º Deivid Silva (BRA): 4.64

3ª Bateria

Jack Robinson (AUS): 12.27

Kelly Slater (EUA): 11.67

3º Rio Waida (IDN): 1.70

4ª Bateria

Griffin Colapinto (EUA): 10.07

Ramzi Boukhiam (MAR): 9.66

3º Seth Moniz (HAV): 6.80

5ª Bateria

Jackson Bunch (HAV): 10.17

Ethan Ewing (AUS): 8.33

3º Cole Houshmand (EUA): 7.03

6ª Bateria

Samuel Pupo (BRA): 13.00

Shion Crawford (HAV): 9.27

3º Filipe Toledo (BRA): 1.77

7ª Bateria

John John Florence (HAV):15.20

Jake Marshall (EUA): 14.47

3º Caio Ibelli (BRA): 9.83

8ª Bateria

Leonardo Fioravanti (ITA): 6.60

Frederico Morais (PRT): 4.57

3º Liam O´Brien (AUS): 3.60

9ª Bateria

Ryan Callilnan (AUS): 10.33

Imaikalani deVault (HAV): 9.84

3º Jordy Smith (AFR): 3.10

10ª Bateria

Eli Hanneman (HAV): 9.70

Kanoa Igarashi (JPN): 7.50

3º Connor O´Leary (JPN): 4.40

11ª Batera

Barron Mamiya (HAV): 14.10

Crosby Colapinto (EUA): 11.83

3º Ian Gentil (HAV): 5.50

12ª Bateria

Miguel Pupo (BRA): 14.10

Italo Ferreira (BRA): 12.10

3º Jacob Willcox (AUS): 10.50

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