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Sucesso dos atletas brasileiros ajudou a vender mais artigos de skate nas Olimpíadas de 2020, segundo Neotrust

Houve um aumento significativo na participação das mulheres, que representaram 61% dos compradores de skates
Na época, Rayssa Leal havia se tornado a medalhista mais jovem da história da participação do Brasil nos Jogos Olímpicos, com apenas 13 anos de idade

O sucesso dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de Tóquio 2020 não apenas inspirou muitos a praticar skate, mas também impulsionou as vendas digitais desse produto no Brasil. Um levantamento realizado pela Neotrust — empresa de soluções de inteligência para o varejo online brasileiro — em parceria com mais de 5.000 e-commerces brasileiros revelou um aumento de 58% no faturamento de skates no comércio digital nas duas semanas após as provas, que ocorreram em 2021 por conta da pandemia de covid.

A análise do perfil dos consumidores mostrou um aumento significativo na participação das mulheres, que representaram 61% dos compradores de skates. Outro dado relevante foi o aumento no número de consumidores menores de 20 anos, que quadruplicou entre os períodos antes e depois do evento. O dado, segundo a Neotrust, demonstra o grande apelo desse esporte entre os jovens.

Além dos skates, outros produtos relacionados ao esporte registraram aumento nas vendas, como roupas esportivas, tênis e acessórios específicos para skatistas. Esse movimento demonstra como um evento esportivo pode afetar positivamente diversas categorias de produtos, não se limitando apenas ao item principal do esporte em destaque.

Na época, os skatistas brasileiros Kelvin Hoefler, Rayssa Leal e Pedro Barros conquistaram três medalhas de prata; Hoefler e Rayssa brilharam na categoria street, e Pedro Barros, na park. Foi o esporte com mais pódios para o Brasil no evento, ao lado do boxe e da natação.

Rayssa se tornou ainda um dos destaques brasileiros para o grande público devido ao seu talento e à jovem idade, pois foi a medalhista mais jovem da delegação brasileira, com 13 anos na época. Conquistou ainda o título de participante do pódio mais jovem da história dos Jogos Olímpicos ao lado das japonesas Momiji Nishiya e Funa Nakayama.

No total, o período de duas semanas antes das Olimpíadas de 2020 (9 a 22 de julho de 2021) registrou venda de cerca de R$ 159 milhões no varejo online brasileiro. Durante os Jogos (23 de julho a 8 de agosto), foram R$ 211,2 milhões, e nas duas semanas seguintes (9 a 22 de agosto), R$ 160,1 milhões. O total geral dos três períodos, portanto, foi de R$ 530,3 milhões.

As empresas de e-commerce têm aproveitado grandes eventos do calendário para lançar campanhas promocionais e engajar os clientes por meio de ações de marketing direcionadas, como descontos temáticos, conteúdos exclusivos e colaborações com influenciadores esportivos. É uma tendência que deve se repetir nas Olimpíadas de 2024, que ocorrerão em Paris de 26 de julho a 11 de agosto deste ano.

O desempenho desses atletas despertou o interesse da população, especialmente entre as crianças, levando a um aumento nos pedidos de skates”, afirma Jean-François Laloux, consultor da Neotrust. “Embora muitas dessas crianças possam perder o interesse ao longo do tempo, algumas continuarão praticando a atividade por toda a vida.”

Este fenômeno mostra como eventos esportivos de grande porte podem gerar um impacto positivo no comércio eletrônico, impulsionando vendas e moldando tendências de consumo”, completa Laloux.

Surfe e ginástica também motivaram compras

Alguns dos itens esportivos que obtiveram maior crescimento nas vendas no comparativo antes x depois das Olimpíadas de 2020 foram os de balé, jazz e danças (183,3%), handebol (122,7%), tiro esportivo e air soft (109,2%) e artigos de praia e piscina (88,1%).

Na primeira disputa do surfe, Ítalo Ferreira conquistou a medalha de ouro, o que deve ter influenciado os bons números do setor de skateboard. Rebeca Andrade ganhou ouro (salto) e prata (individual geral), algo inédito na ginástica artística nacional, algo que deve ter beneficiado os produtos de balé, jazz e danças.

Artigos de tênis, squash e badminton também foram bem naquele período de 2021. No período pré-olímpico, o setor vendeu R$ 1 milhão em produtos, mas nas duas semanas pós-Jogos, foram R$ 1,2 milhão, um aumento de 17,8%. O perfil desse público era majoritariamente masculino (cerca de 66%), com idade entre 35 e 44 anos (35,5%).

Em Tóquio, Laura Pigossi e Luisa Stefani chegaram ao inédito bronze nas duplas do tênis. E apesar de ter saído sem medalhas, o brasileiro Ygor Coelho conseguiu uma vitória e uma derrota na primeira fase da competição de badminton.

SOBRE A NEOTRUST

A Neotrust é uma empresa de soluções de inteligência, somada ao toque humano com tecnologia de ponta para gerar soluções assertivas ao e-commerce gerando confiança de forma simples, transparente, íntegra e neutra para o mercado. A empresa foi fundada por Pedro Chiamulera em 2001 e é referência em soluções antifraude digital no Brasil. Nasceu em 2020 pelo desejo de desenvolver o mercado digital pela confiança entre pessoas e empresas, com informações precisas, eficiência e tecnologia. A Neotrust é a maior fonte de dados e de inteligência sobre o e-commerce brasileiro que acompanha a jornada do consumo em todas as suas etapas, atendendo varejos, indústrias, mercado financeiro e outros segmentos.

Foto Destacada: Instagram Rayssa Leal

Fonte: FirstCom Comunicação / Márcio Padrão por e-mail