“Antes da punição deve haver educação”, diz Autoridade de Controle de Dopagem

Workshop com a Federação de Triathlon, Autoridade de Controle de Dopagem e a Eco Performance Humana discutiram um jogo limpo e saudável no esporte

Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), secretaria de estado vinculada ao Ministério do Esporte, realizou no ano passado 4.788 testes antidoping em 86 modalidades esportivas, com 40 casos de resultados positivos, sendo 27 relacionados a anabolizantes. E neste ano de 2024, os números devem ser parecidos. A competição é algo totalmente natural no esporte. Mas o jogo só é limpo se os atletas participarem com o corpo livre de substâncias que possam promover ganhos físicos. Para potencializar os resultados no esporte, é necessário um bom check-up de saúde, com médicos especializados em alto rendimento acompanhando o desempenho do atleta.

“O esporte profissional é uma manifestação cultural da sociedade. Porque sem o jogo, não há competição. E o que fomenta toda a grandiosidade esportiva é exatamente a emoção da competição. Isso está diretamente ligado à questão da antidopagem, que iguala as condições de competição entre aqueles que disputam”, enfatizou Anthony Ruy Cunha Moreira, coordenador-geral da ABCD, durante o Summit Antidoping e Performance Humana, realizado no Eco Medical Center, em Curitiba. O evento reuniu especialistas e técnicos esportivos para promover a conscientização sobre dopagem e saúde no esporte.

Corpo e jogo limpo: uma questão de educação

Anthony destacou a importância da educação antidopagem como principal ferramenta para evitar casos no esporte. “O pior tipo de dopagem é aquela acidental, fruto de falta de conhecimento. Queremos levar informação para que todos os envolvidos – atletas, técnicos, médicos e até os pais de atletas jovens – entendam seus direitos, deveres e as consequências das escolhas no esporte”, explicou.

Ele também incentivou a consulta ao site da ABCD, que oferece ferramentas como a “Check Jogo Limpo“, uma plataforma para verificar quais medicamentos são permitidos em competições. “Essa é a melhor fonte de informação antidopagem no Brasil. Todos na comunidade esportiva deveriam usá-la”, reforçou. O site também tem outras ferramentas, como cursos, legislação sobre o assunto, formulários para pedidos diversos, inclusive o pedido de autorização para uso de substâncias não permitidas, mas que são necessárias para algum tratamento do atleta, entre outras ferramentas.

Além disso, Anthony desmistificou muitos mitos sobre dopagem, como o uso de drogas recreativas ou medicamentos aparentemente inofensivos, que podem conter substâncias proibidas. Ele também explicou como funciona a seleção de atletas para o teste de dopagem, como é feita a testagem e ensinou o que é direito do atleta saber quem está testando e garantir que as normas sejam seguidas durante o processo. “Ser testado pela ABCD não deve ser visto com receio, mas como prova de que você está competindo de forma limpa e justa”, concluiu.

Saúde em primeiro lugar

A segunda palestra, conduzida pelo especialista em medicina do exercício do esporte e cardiologia, Marcelo Leitão, coordenador da Eco Performance Humana, trouxe à tona a importância de check-ups regulares para atletas de todas as idades. “Uma avaliação médica adequada não é algo que se faz uma vez e pronto. Ela precisa ser contínua e personalizada, considerando as diferenças de cada atleta”, ressaltou. Leitão ainda alertou para os riscos de atestados médicos sem avaliação detalhada, que podem levar o atleta a graves problemas de saúde e até à morte.

Outro ponto abordado foi o uso de desfibriladores externos automáticos (DEAs) em eventos esportivos. “Cada minuto sem atendimento reduz em 10% a chance de sobrevivência de uma parada cardiorrespiratória. Um DEA no local pode salvar vidas, e é um equipamento que qualquer pessoa pode usar, pois fornece todas as instruções necessárias”, explicou o especialista.

Esporte limpo

Raphael Mehl, presidente da Federação Paranaense de Triathlon, avaliou o evento como um sucesso. “Foi esclarecedor. Muitos técnicos e assessorias saíram daqui com uma visão clara sobre o antidoping e a importância de exames médicos regulares. Nosso objetivo é promover um esporte saudável, com pessoas que cumprem as regras e competem em igualdade de condições.”

Alexandre Sobania, diretor técnico da Federação Paranaense de Triathlon, frisou a importância de discutir o tema entre jovens, que geralmente se deixam levar por conselhos inadequados, de uso de substâncias proibidas, sem entender os prejuízos. “É um trabalho de mostrar que isso existe e que pode causar problemas sérios para a carreira desses atletas”. Sobania ainda chamou atenção para a necessidade de maior cuidado com atletas amadores, em especial os acima dos 35 anos, que muitas vezes negligenciam os exames de saúde antes de iniciar a prática esportiva.

Cassio Zandoná assistiu às palestras não só como CEO do Eco Medical Center, mas também como triatleta há mais de 30 anos. “O melhor medicamento para prevenção e melhora de doenças crônicas é o esporte. E seja amador ou profissional, é preciso realizar exames de diagnóstico de performance, planejamento e aperfeiçoamento. E é isso que a gente prescreve aqui no Eco. Esporte para os problemas de saúde e uma melhor qualidade de vida”, frisou Cassio.

Sobre o Eco Medical Center

O centro de serviços de saúde, em Curitiba, oferece ao paciente uma estrutura completa para realizar consultas e exames laboratoriais e de imagem, com conforto e segurança, tudo no mesmo local e em ambiente desospitalizado. São mais de 400 médicos capacitados em 40 especialidades e equipamentos de última geração para oferecer sempre o melhor atendimento, com credenciamento de diversos planos de saúde. Para saber mais, acesse o site. 

Fonte: Assessoria de Imprensa | Eco Medical Center | Agência Comunicore |Giselle Alberti por e-mail