Luan Luduvice: a arte de fotografar o esporte surfe
É como a lenda Charlie Brown Jr cantava o refrão da música “Local”: Nunca subestime um local… Ele se diverte bem mais. Assim que é a vida do fotógrafo Luan Luduvice, de 26 anos, nascido e criado na beira da Praia da Caueira, em Itaporanga D´Ajuda, que explora ao máximo os melhores dias de ondulações no litoral sul, no paradisíaco pico surfe sergipano.
Desde adolescente, Luduvice se diverte bem mais, na prática dos esportes radicais. Além de ter o surfe na veia por 10 anos, também pratica skate e BMX intensamente ao lado dos seus amigos.
“Voltei pra cena em 2017 já com a fotografia, daí entrei de vez nessa onda”, relatou o itaporanguense ao evidenciar a dedicação à arte fotográfica no registro dos surfistas em ação na Caueira.
Luan Luduvice (LL) é servidor público, concilia à vida profissional com o hobby fotográfico e a prática esportiva olímpica surfe. De forma grata por alcançar suas graças, ele também se dedica ao desenvolvimento do esporte na sua terra natal, organizando e narrando competições locais e realizando ações em prol da sustentabilidade ambiental da região costeira.
O Sombreiro Surf Notícias (SS) já publicou algumas fotos clicadas por Luan na Praia da Caueira. Agora, conheça um pouco mais do profissional, surfista, esportista e amante da arte de fotografar, Luan Luduvice.
SS – Quem é Luan Luduvice?
LL – A comunidade surfe me conhece também pelos campeonatos na Caueira, onde tive o prazer de participar narrando e organizando com meu brother Ricardo Torquato. Ao lado dos surfistas locais sempre estamos desenvolvendo mutirões de limpeza da praia. Acredito que minha participação também como fotógrafo seja importante nessas ocasiões, onde se precisa mostrar o que está sendo feito para poder instigar a população a ter consciência de preservar a natureza.
SS – Como surgiu o seu interesse pelo mundo fotográfico?
LL – Meu interesse na fotografia surgiu por muitos fatores, um deles foi estar fora de forma física e mental. Eu sentia precisar estar nesse mundo, foi aí que tive a ideia de começar a fotografar os locais daqui, já que tivemos sempre essa irmandade.
SS – Você ganhou destaque no ambiente digital apresentando as fotos dos surfistas nativos da Caueira. Como foi o processo e a evolução da arte profissional?
LL – Foi daí que vi um caminho para mostrar a Sergipe e outros estados o surfe na Caueira, por essa vontade que fui me aperfeiçoando na fotografia e melhorando o equipamento, ao mesmo tempo, em que os surfistas daqui evoluíam também na água. Acredito que se não fosse por isso eu não seria reconhecido como sou hoje.
SS – Os surfistas itaporanguenses ganharam visibilidade nas redes sociais através de fotos e vídeos. Quais praticantes se destacam dentro mar no seu ponto de vista?
LL – Hoje temos uma geração de surfistas na Caueira que sempre vêm pegando pódio nos últimos campeonatos, posso citar os primos Adriano e Renilson, conhecidos por todos como Mia e Cabeça, ou simplesmente os “rastas da Caueira”, também tem o Kennedy que é um atleta de muito potencial.
SS – Em qual praia você tirou as melhores fotos? Explique as condições do mar e quais surfistas foram clicados.
LL – É difícil citar só uma. Então vou ficar com as praias da Tiririca e Engenhoca em Itacaré, e olha que as condições não estavam das melhores, com ondulações bem pequenas para os padrões de lá, mas acredito que foi um dos cenários mais lindos que já vi. Na oportunidade pude fotografar uma atleta bastante conhecida, inclusive por aqui, que foi a Camila Belfort.
SS – Nos últimos anos você teve a oportunidade de viajar e conhecer outros picos. Cite uma praia fotográfica e qual motivo que te leva a achar propícia para clicar os surfistas em ação?
LL – As praias de Itacaré é quase um destino obrigatório para quem está iniciando no surfe. O mar, a vegetação, a cultura, é tudo sobre surfe.
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SS – Analise o trabalho dos profissionais da fotografia surf em Sergipe e quais realizam melhores registros?
LL – Os fotógrafos de Sergipe são muito bons, nossa fotografia está em um ótimo patamar nacionalmente, não deve em nada. A maioria das praias sergipanas propícias para a prática do surfe é difícil de fotografar, devido à distância entre onde se forma as ondas e a areia e, isso requer um melhor equipamento, uma melhor visão fotográfica. Posso citar o Victor, Fotograju e o que eu mais me espelho, o sensacional para mim é o Junior Salsichão, da BK Photos.
SS – Quais dicas você passaria para o leitor iniciar os cliques no ambiente praiano?
LL – Primeiro você tem que gostar da cultura, entrar na água, levar na cabeça, essas coisas, sabe. Fazer a foto nesse ambiente requer muito dá experiência para prever a manobra na onda, no mais é vivenciar o surfe.
SS – Na oportunidade, deixe uma mensagem para os leitores do Sombreiro Surf Notícias.
LL – Foi prazer e uma honra conceder essa entrevista. Espero que os leitores apreciem ainda mais nosso ambiente e lembrem-se, preserve a natureza para o seu filho aproveitar.
Foto Destacada: Arquivo Pessoal Rede Social
Publicado: 27/06/2021