Assista os Jogos Mundiais de Surf de 1996 da ISA
Os grandes nomes da equipe brasileira de bodyboarding, Daniela Freitas e Guilherme Tâmega, foram campeões na Praia de Huntington Beach
Enquanto a pandemia da Covid-19 isola socialmente surfistas de diversos países do mundo, a International Surfing Association (ISA) publicou vídeo apresentando os melhores momentos dos lendários Jogos Mundiais de Surf de 1996, realizado em Huntington Beach, Califórnia.
Os Jogos Mundiais de Surf de 1996 marcou a história do surf mundial. Naquela ocasião, o depósito das ‘areias do mundo’ na urna do COI – Comitê Olímpico Internacional, pavimentou a longa estrada do esporte a ser incluído como modalidade nas Olimpíadas de Tóquio 2020.
Entretanto, o campeão olímpico havaiano, Duke Kahanamoku, considerado o “Pai do surf moderno”, ganhou duas medalhas na natação, uma delas de ouro na prova dos 100 metros livre. O COI reconheceu o treinamento de Duke, por meio da prática esportiva surf, para alcançar o grande feito nas Olimpíadas de Estolcomo, na Suécia, edição de 1912. Duke elevou a imagem do esporte mundialmente, passando a ser reconhecido pelos atletas e organizadores do evento.
Reconhecimento
A ISA foi mola propulsora para o esporte ser reconhecido como modalidade olímpica. O brilhante trabalho do presidente Fernando Aguerre, à frente da instituição desde 1994, foi considerado peça-chave na organização e inovação dos Jogos Mundiais de Surf de 1996. A liderança de Aguerre foi fundamental para o esporte obter o reconhecimento do COI – Comitê Olímpico Internacional, em 1997.
Por meio das ações estratégicas da instituição: Campeonato Mundial Júnior de Surf Quiksilver ISA, o Billabong ISA World Surfing Games e o ISA World Masters Surfing Championship, além dos programas de desenvolvimento: Surf Adaptativo, bolsas de estudos e apoio financeiro aos jovens surfistas, programa de treinamento e julgamento, e um Surf School Register e, também, participação de reuniões com dirigentes do COI ao longo de vários anos, o esporte ganhou relevância no universo esportivo olímpico.
O presidente do COI, Thomas Bach, em dezembro de 2014, implantou o pacote de reformas, visando que os Jogos Olímpicos se tornassem mais populares, aumentando, consequentemente, audiência midiática e volume de patrocinadores.
Em agosto de 2016, o conselho executivo do COI, confirmou a participação do esporte surf na 129ª sessão oficial, realizada na capital do Rio de Janeiro, nos Jogos de Tóquio 2020, remarcado para 2021.
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Lendas do Esporte Surf
Inúmeras lendas do surf mundial estão presentes no vídeo. O primeiro campeão mundial de 1976 pela IPS – International Professional Surfers, substituída pela ASP – Association of Surfing Professionals e, na contemporaneidade, atual WSL – World Surfing League, o australiano Peter Townend, conhecido como PT no cenário mundial. O campeão mundial de 1977, o lendário sul-africano Shaun Tomson, local de Durban.
Bodyboarding
A equipe brasileira estava bem representada na modalidade Bodyboarding. No Feminino, a carioca Daniele Freitas disputou a grande final e não deu mole, subiu no lugar mais alto do pódio.
Guilherme Tâmega, local do Rio de Janeiro, conhecido mundialmente como “a máquina de competição”, fez final na categoria Masculino e sagrou-se campeão da ISA Surfing Games 1996.
Kneebord
Na categoria Kneeboard, o carioca Sérgio Peixe, local da Praia de Ipanema, fez final e fechou a competição na 4ª colocação.
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Longboard
Na categoria Longbord, o supercampeão mundial Marcelo Freitas, local do Rio de Janeiro, representou a nação canarinha na grande final em Huntington Beach, terminando a competição na 3ª posição. O americano Geoff Moysa quebrou as ondas e foi o grande campeão dos pranchões.
Junior
Na final da categoria Junior, os surfistas ex-top WSL, o australiano Taj Burrow e o norte-americano Damien Hobgood deram um show de surf e ficaram na segunda e terceira colocações respectivamente. O grande campeão da categoria foi o americano Ben Bourgeois.
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Feminino
O surf brasileiro foi bem representado na final da categoria Feminino da ISA World Surfing Games 1996, pela cearense Tita Tavares e Jacqueline Silva, natural de Florianópolis.
Infelizmente alguns erros foram cometidos pelas competidoras brasileiras na bateria, que interferiram diretamente no resultado final. A cearense ficou em 2º lugar e a Jacqueline em 3º no término da competição.
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Open
A final da categoria Open Masculina foi marcada por ex-surfistas da elite mundial de surf, ASP/WSL. O cabofriense Victor Ribas, suou a lycra de competição na grande final, com apenas 24 anos, cravando excelente apresentação para o público presente nas areias de Huntington Beach.
A Califórnia foi representada pelos competidores Taylor Knox e Shane Beschen. O surfista australiano Tood Prestage estava instigado e pegou altas ondas na grande final, mas a vitória ficou para o surf polido e radical de Knox. O brasileiro Victor Ribas fechou a bateria na 2ª posição, Shane ficou em 3º e Prestage na última colocação.
Nação Campeã
As competições marcaram o time Americano como o grande campeão Jogos Mundiais de Surf de 1996.
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Fatos Marcantes do Evento
De acordo com a matéria publicada no site da ISA, os Jogos de 1996 foi um ano de várias estreias que agregaram valores:
– Primeira cerimônia do Sands of the Word;
– Primeiras medalhas individuais no estilo olímpico;
– Primeiro evento acompanhado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI);
– Primeira apresentação dos melhores profissionais do mundo competindo no Jogos;
– Primeira apresentação das equipes nacionais;
– Discurso de boas-vindas do Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.
Publicado: 08/05/2020
