Máscaras são descartadas inadequadamente nas praias de Aracaju
Vivemos uma epidemia de máscaras laváveis e descartáveis espalhadas nas praias de Aracaju. Além de combater o traiçoeiro inimigo invisível, o novo coronavírus SARS-Cov-2, os banhistas, surfistas e turistas correm risco de contágio devido ao descarte irregular.
O EPI (equipamento de proteção individual) está cada vez mais presente no chão dos espaços públicos, contrariando as normas sanitárias de combate a Covid-19. Além de colocar a população em risco de contaminação perante as novas variantes, as máscaras agravam a problemática do frágil meio ambiente praiano da capital sergipana.
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Inúmeras organizações do terceiro setor ligadas à conservação dos oceanos e do meio ambiente alertaram através de pesquisas científicas, o impacto do EPI nos animais. Conforme a imprensa nacional, uma pesquisa holandesa publicada no periódico Animal Biology assinalou 28 espécies impactadas pelo descarte irregular de equipamentos de proteções.
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Ambientalistas já relataram ocorrências de animais marinhos mortos devido aos EPIs no Brasil, outros ingeriram ou ficaram presos em partes de máscaras e luvas ao redor do mundo. A pesquisa holandesa alertou que as aves usaram os equipamentos para construções de ninhos.
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Máscaras Hospitalares
O equipamento de proteção, as máscaras hospitalares, é o grande vilão para o meio ambiente nesta pandemia. O polipropileno – termoplástico – faz parte da composição do EPI, por isso, não se decompõe facilmente, prejudicando o equilíbrio natural do mar, rio, flora é fauna litorânea. Pesquisas apontam até 400 anos para decomposição das máscaras sintéticas e um ano às de algodão.
As diversas categorias de máscaras também podem contaminar o lençol freático, obstruir a rede de coleta de água pluvial e provocar alagamento nas avenidas, ruas e nos bolsões de estacionamentos das orlas de Aracaju.
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Sensibilização e Proteção
O avanço do descarte irregular das máscaras antivirais: hospitalar, neoprene e tecido no calçadão da Orla de Aracaju chama atenção dos transeuntes, especialmente nos acessos às praias e na areia entorno dos bares.
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Em conversa informal e distanciada na Praia do Havaizinho, dois surfistas do Sombreiro Surf debateram alguns que podem ser debatidos entre as autoridades públicas sanitaristas, do meio ambiente e da limpeza pública:
- Utilização de EPIs nos profissionais de limpeza pública – óculos de proteção ou protetor facial, máscaras e luvas – para evitar a contaminação da Covid-19;
- Frequente inserção de campanhas publicitárias educativas para alertar e educar os banhistas no tocante dos graves problemas do não uso e, também, do descarte irregular das máscaras;
- Colocação de placas informativas de reforço – cuidados e descartes – nos principais pontos das orlas de Aracaju e nos acessos às praias e rios;
- Fiscalização e aplicação de multa para quem for pego jogando o EPI no chão dos logradores públicos no período pandêmico;
- Efetuar a limpeza constante dos acessos às praias – calçadão e areia – e ao redor dos bares.
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Descarte Correto
De acordo com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), o descarte correto de EPIs – máscaras, luvas, gorros, aventais – deve seguir o protocolo de colocar o equipamento de segurança dentro de dois sacos plásticos, isto é, um dentro do outro, amarrá-los e descartá-los no lixo comum.
Surfista consciente combate o novo coronavírus, protege a família e salva vidas. Seja mais radical, não jogue máscara no chão, o risco de contaminação da Covid-19 existe e, também, prejudica o meio ambiente da sua cidade.
Publicado: 26/04/2021