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Moana Jones Wong vence e faz história no Billabong Pro Pipeline

A havaiana Moana Jones Wong, windcard – coringa – confirmada pela World Surf League (WSL) para disputar o Billabong Pro Pipeline, etapa 1 do Championship Tour (CT), venceu a pentacampeã e conterrânea Carissa Moore, na ensolarada Oahu, com ondas perfeitas de 8 a 10 pés, em Banzai Pipeline, neste domingo (6).

A “Rainha de Pipeline“, Moana Jones Wong, surpreendeu todas as competidoras do CT 2022, a imprensa internacional, a grande audiência virtual e os organizadores do evento por manter a constância de boas notas ao longo da competição e, também, vencer em primeiro lugar todas as baterias disputadas. A havaiana encontrou o caminho dos tubos profundos em Pipeline, mostrando ser exímia “tube rider” e destemida no seu quintal de casa, Banzai Pipeline.

Moana Jones Wong vence o Billabong Pro Pipeline, etapa 1 do WSL Championship Tour, em Banzai Pipeline, Havaí – Foto: Tony Heff / WSL

Na bateria 1 da semifinal, com duração de 35 minutos, Moana Jones Wong enfrentou a australiana bicampeã mundial Tyler Wright. A havaiana mostrou melhor produtividade ao surfar as duas melhores ondas num perfeito mar, mas com séries um pouco demoradas. Na primeira onda, para Pipeline, a havaiana estava bem posicionada na bancada, ela “dropou” com técnica, se encaixou no tubo na metade do drop, saindo em pé, na baforada e com as mãos para cima, para finalizar com uma forte rasgada de frontside, cravando 7.67 pontos.

Moana Jones Wong no Billabong Pro Pipeline, etapa 1 do WSL Championship Tour, em Banzai Pipeline, Havaí – Foto: Tony Heff / WSL

Faltando 12 minutos para o término do confronto, Tyler Wright pegou a sua primeira onda e cravou a melhor nota da bateria, num tubo profundo e intenso para Backdoor, saindo em pé e na baforada, os juízes pontuaram 8.33.

No Billabong Pro Pipeline 2022, a australiana Tyler Wright se “entoca” em Backdoor, em Banzai Pipeline – Foto: Tony Heff / WSL

Mais uma vez bem posicionada na bancada e detendo a preferência, Moana Jones Wong achou mais um bom tubo para Pipeline, levando a torcida à loucura. A havaiana trocou 3.67 por 6.33 pontos, e colocou muita pressão na australiana, faltando menos de 5 minutos para o término.

A bicampeã mundial precisava surfar uma onda de 5.17 pontos para virar o resultado, mas a inconstância do mar não ficou à favor de Tyler, a australiana não conseguiu trocar a nota 0.93 e deixou escapar a oportunidade de competir a primeira final do WSL Championship Tour deste ano. Moana Jones Wong venceu o confronto com a média 14.00, contra 9,76.

A destemida Moana Jones Wong na rasa bancada de Pipeline, em Oahu, Havaí – Foto: Tony Heff / WSL

Falta de sorte para australiana e muita alegria para sorridente Moana Jones Wong, de apenas 22 anos. A torcida havaiana foi à loucura ao ver a local chegar pela primeira vez em uma grande final da elite do surf mundial feminino.

Seria o segundo confronto com Carissa Moore no Billabong Pro Pipeline. Na bateria 3 da primeira fase, Moana Jones Wong avançou em primeiro à terceira fase (7.77) e a campeã mundial na segunda colocação (7.70).

Carissa Moore, cinco vezes campeã do mundo, antes de cair no mar nas semifinais do Billabong Pro Pipeline – Foto: Tony Heff / WSL

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Final do Pro Pipeline

Na última bateria da categoria feminino do Billabong Pro Pipeline, a grande e inesquecível final, Moana Jones Wong encarou a pentacampeã mundial Carissa Moore, em um mar de 6 a 8 pés, com vento franco e perfeitas ondulações.

O confronto de 40 minutos deixou a torcida havaiana em êxtase: duas locais disputando uma final do WSL CT em Banzai Pipeline. Contudo, Moana Jones Wong não se intimidou com a melhor surfista do tour e atual campeã mundial.

A alegria de Moana Jones Wong em surfar os tubos de Pipeline no Billabong Pro Pipeline – Foto: Brent Bielmann / WSL

Carissa Moore abriu a bateria com uma onda fraca, 0,73, em seguida, Moana Jones Wong entrou no jogo e pegou a primeira onda para Pipeline, botou pra dentro de um tubo perfeito, ela saiu na baforada e em pé, cravando 6.67 pontos. Ao voltar para o outside, ela pegou outro tubo para Pipeline, um pouco mais curto e menos profundo, pontuando 5.33.

Moana Jones Wong surfou com precisão os tubos de Pipeline no Billabong Pro Pipeline – Foto: Brent Bielmann / WSL

A pentacampeã mundial não estava com sorte, faltado menos de 30 minutos para o término, Carissa “dropou” para Pipeline, andou profundo, mas ao tentar sair do tubo o grosso lip quebrou em sua cabeça e derrubando-a, fazendo apenas 2.00 pontos. Moana Jones Wong respondeu em seguida, pegou uma bomba perfeita para Pipeline, “botou pra baixo” com atitude e cavou na base, entrou num tubo curto mais intenso, mas não trocou o 5.33.

Na semifinais, Carissa Moore, achou bons tubos em Pipeline, no Billabong Pro Pipeline
Foto: Brent Bielmann / WSL

Mais uma vez bem posicionada na bancada de Banzai Pipeline, Moana Jones Wong estava leve e com sorriso largo no rosto para tentar pegar a melhor onda da bateria. O dia não era de Carissa Moore, ela se jogou para Backdoor, entrou no tubo profundo, mas não conseguiu sair. Moana estava inquieta e com fome de vitória, faltando menos de 20 minutos, ela pegou outra bomba para Pipeline para botar pra dentro do tubo e sair em pé, cravando 6.67.

A jovem surfista windcard – coringa – convidada pela WSL, Moana Jones Wong, após surfar a última onda, colocou Carissa Moore em combinação de notas, isto é, a pentacampeã mundial precisava pegar duas ondas para fazer o total de 13.34 pontos para virar a bateria.

Entocada em Pipeline, Moana Jones Wong, no Billabong Pro Pipeline – Foto: Brent Bielmann / WSL

Carissa Moore remou forte para tentar pegar boas ondas. Entretanto, as séries estavam demoradas e as ondas que entraram na bancada estavam fora do alcance das competidoras. Faltando menos de 2 minutos para o término da final do Billabong Pro Pipeline, Moana Jones Wong detinha a preferência e não desperdiçou, achou outro tubo aberto para Pipeline, andando intensamente por dentro e saindo em pé. A torcida na beira da praia foi mais uma vez à loucura, os juízes cravaram 7.67 pontos, a melhor onda da grande final.

No Billabong Pro Pipeline, Moana Jones Wong pegou altos tubos em Pipeline, Havaí – Foto: Brent Bielmann / WSL

Aos 20 segundos para o término, Carissa Moore precisava de 14.34 para virar a bateria, isto é, a missão era impossível. A jovem Moana Jones Wong impôs uma larga combinação e venceu a pentacampeão mundial com a média de 14.34, contra 3.73, apenas.

Leve, solta e feliz no Billabong Pro Pipeline, Moana Jones Wong Foto: Brent Bielmann / WSL

A torcida local fez a contagem regressiva para o término da grande final do Billabong Pro Pipeline, ao tocar a sirene do término, Moana Jones Wong obteve o melhor resultado da sua carreira, consagrando-se campeã do evento 1 da WSL Championship Tour.

Moana Jones Wong comemorou a vitória do Billabong Pro Pipeline com sua família – Foto: Tony Heff / WSL

Em matéria publicada no portal da WSL, a jovem Moana Jones Wong disse: “Eu nem consigo acreditar. Esse é o melhor momento da minha vida. Ontem (sábado), quando vi o Kelly (Slater) ganhando essa prancha (shapeada pela lenda viva do esporte, Gerry Lopez), pensei que queria uma dessa também. Eu já chorei bastante e estou quase chorando de novo. Estou muito feliz e nem sei o que dizer, só agradecer a Deus, minha família e todo mundo que está aqui na praia. Vocês são demais e obrigado especialmente a Pipeline por tudo isso”. Em matéria no portal da WSL, a jovem Moana Jones Wong disse: “Eu nem consigo acreditar. Esse é o melhor momento da minha vida. Ontem (sábado), quando vi o Kelly (Slater) ganhando essa prancha (shapeada pela lenda viva do esporte, Gerry Lopez), pensei que queria uma dessa também. Eu já chorei bastante e estou quase chorando de novo. Estou muito feliz e nem sei o que dizer, só agradecer a Deus, minha família e todo mundo que está aqui na praia. Vocês são demais e obrigado especialmente a Pipeline por tudo isso”.

“A Rainha de Pipeline”, Moana Jones Wong, comemorando a vitória do Billabong Pro Pipeline – Foto: Tony Heff / WSL

Confira os resultados apresentados pela WSL das semifinal e final do Billabong Pro Pipeline:

GRANDE FINAL DO BILLABONG PRO PIPELINE:
Campeã: Moana Jones Wong (HAV) por 14,34 pts (7,67+6,67) – US$ 80.000 e 10.000 pontos
Vice-campeã: Carisssa Moore (HAV) com 3,73 pts (2,00+1,73) – US$ 45.000 e 7.800 pontos

SEMIFINAIS FEMININAS – 3.o lugar com 6.085 pontos e US$ 25.000:
1.a: Moana Jones Wong (HAV) 14,00 x 9,76 Tyler Wright (AUS)
2.a: Carissa Moore (HAV) 7,84 x 1,26 Lakey Peterson (EUA)

As finalistas do Billabong Pro Pipeline 2022, a “Rainha de Pipeline“, Moana Jones Wong, e a vice-campeã Carissa Moore – Foto: Brent Bielmann / WSL

Publicado: 07/02/2022

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